Musafir é sabatinado por deputados em audiência sobre a Marcapasso e rebate críticas

Reconhecendo dificuldades e problemas, Musafir apoia Operação Marcapasso e garante que sua equipe muito bem faz dever de casa

Audiência foi realizada na manhã desta 4ª, na AL
Descrição: Audiência foi realizada na manhã desta 4ª, na AL Crédito: T1 Notícias

Mais um secretário de governo foi à Assembleia Legislativa prestar contas sobre as conquistas e dificuldades de suas pastas. O Secretário de Saúde, Marcos Musafir declarou que a Operação Marcapasso iniciou com a denúncia da pasta que notou a fraude numa etiqueta que cobria a data de validade de um produto. As declarações foram dadas pelo secretário durante audiência ocorrida nesta quarta-feira, 6, no plenário da Casa. Musafir que foi convocado pela Casa acrescentou ainda que não houve envolvimento de nenhum servidor da sua equipe e que determinou acesso irrestrito a Polícia Federal aos documentos e repartições da secretaria.

 

“A denúncia partiu de nós a partir de quando notamos uma etiqueta cobrindo uma data de validade vencida. Como os recursos vinham do tesouro federal denunciamos a empresa para a Polícia Federal que foi investigando e a partir dessa empresa foram desvendando o esquema. Denúncia essa de responsabilidade sanitária da secretaria seguindo a orientação do governo que me cobra sempre mais dignidade na saúde da população. Não houve envolvimento de ninguém da minha equipe porque nós respeitamos o recurso público”, afirmou o gestor da pasta durante a sessão especial.

 

Críticas e questionamentos

 

A sessão especial também foi marcada por críticas e questionamentos por parte dos deputados, aos quais Musafir não se esquivou de responder. Na ocasião o gestor parabenizou o trabalho de investigação da PF “A PF está investigando todas as áreas ligadas a medicamentos de auto custo, oncológica, OPMEs. Nós abrimos inúmeras sindicâncias contra todo tipo de falha administrativa que ocorreram. Não tivemos acesso ao inquérito da operação marcapasso. Mas eu garanto que não houve envolvimento desta equipe na operação. Estamos colaborando com a PF passando todas as informações necessárias. Todas as visitas surpresas que são feitas nos hospitais não se maqueia nada, a verdade é o que está lá”, garantiu.

 

Questionado sobre os supersalários, Musafir rebateu afirmando que o legislativo também tem responsabilidade na discussão. “O corte de supersalário talvez funcionasse, mas a Assembleia tem papel fundamental nesta decisão. Tem que cobrar da gente, mas vocês tem que colocar esses tema em discussão aqui. Sofremos também com indicações politicas que são diferentes da nossa vontade e lidamos com a deficiência de 300 médicos em várias áreas. Meu apelo aqui é a possibilidade de rever a legislação. O Plano de Cargos e Salários está aprovado por esta Assembleia, pedimos o apoio desta casa”, ponderou.

 

Durante o uso da palavra os deputados também lembraram os problemas que os hospitais enfrentam como fila de espera para cirurgia, falta de lençóis, desvio de verbas da saúde, dentre outros. Musafir reconheceu alguns problemas, mas afirmou que a pasta trabalha para mitigar essas precariedades.  

 

“A fila de espera e falta de rouparia também nos envergonha, mas parar sanar esse problema fechamos quatro lotes de rouparia com novos equipamentos. Reduzimos despesas excessivas e controlamos desperdícios. Fizemos mutirões de cirurgias ortopédicas, agora vamos fazer de hérnias e estamos agilizando para realizar as cirurgias infantis. Lembrando que 94% da população é atendida pelo SUS e só 6% possui plano de saúde”, pontuou.

 

Conquistas

 

Na ocasião o gestor destacou também a abertura de novos leitos no HGP e a licitação de contratos realizados somente com base na tabela SUS que garante valores menores. “Só no HGP foram 192 leitos entregues esse ano. Garanto que superfaturamento nessa gestão não existe porque nós usamos a tabela SUS. Todas as licitações são tabela SUS que é a mais barata. Nós também não toleramos desvios de recursos e temos as contas abertas e transparentes. Fizemos uma economia de 66% do recurso do SUS que recebemos. E uma economia de recurso estadual de 38%. Estamos fazendo mais com menos. Paramos de pagar UTI privada e aumentamos os leitos de UTI no nosso hospital”. 

 

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