OAB pede que Luiz Olinto cumpra prisão domiciliar ou em sala do Batalhão da PM

Após a prisão no domingo, o advogado foi conduzido à Central de Flagrantes de Palmas, passou por exames no Instituto Médico Legal e foi levado para a Casa de Prisão Provisória da Capital

Luiz Olintho foi preso nessa domingo, 25
Descrição: Luiz Olintho foi preso nessa domingo, 25

Preso pela polícia civil nesse último domingo, 25, o irmão do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), Luiz Olintho, envolvido no escândalo do lixo hospitalar encontrado em um galpão no Distrito Agroindustrial de Araguaína no começo de novembro, requereu, através do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil nessa segunda, 26, transferência para uma sala de Estado Maior no Batalhão da Polícia Militar ou prisão domiciliar.

 

A Defensoria de Defesa das Prerrogativas e Valorização Advocacia expediu, nessa manhã, um requerimento apontando violações de prerrogativas profissionais, já que Olintho, como advogado da ordem, segundo o artigo 7º, V da Lei 8.906/94, tem direito ao resguardo a e a imunidade do advogado de ser recolhido em sala de Estado Maior ou alternativamente, em seu domicílio.

 

De acordo com o documento, o artigo 133 da Constituição Federal, “preserva a segurança física do Advogado, bem como sua dignidade e a de toda a Advocacia”, já que em âmbito de atuação, esse profissional é “indispensável à administração da justiça e presta serviço público e exerce relevante função social”. Logo, os agentes da ordem, Luiz, em questão, envolvido em diversas investigações, não deveria ter sido recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB.

 

Entenda

 

O mandado de prisão de Luiz Olinto foi emitido pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. Conforme apontou a investigação realizada pela Polícia Civil, o advogado seria a pessoa que realiza os pagamentos das despesas da empresa Sancil Sanantonio, de propriedade de seu pai e de mais duas sócias. A polícia apura se o advogado teria financiado a fuga das envolvidas no caso e dos motoristas que transportavam o lixo. Luiz Olinto ainda teria supostamente interferido na investigação, ao dificultar que a polícia localizasse as testemunhas ou obtivesse provas.

 

O advogado também é investigado após R$ 500 mil em dinheiro terem sido encontrados com ele, poucos dias antes das eleições, em outubro deste ano. Luiz Olinto estava acompanhado por um policial militar que prestava serviço no gabinete do deputado Olyntho Neto, e ambos utilizavam um carro da Assembleia Legislativa cedido ao parlamentar. À Polícia Federal, o advogado afirmou que o dinheiro era uma herança deixada a ele por sua avó.

 

Mediante as acusações, o irmão do deputado psdbista,  foi conduzido à Central de Flagrante de Palmas, depois passou por exames no Instituto Médico Legal e foi levado para a Casa de Prisão Provisória de Palmas, de onde, até ontem, seria transferido para Araguaína, onde as investigações estão concentradas.

 

O T1 Notícias tentou entrar em contato com a Secretaria de Cidadania e Justiça do Estado, à respeito da atual situação do preso e para onde o mesmo será conduzido e aguarda um retorno com mais informações

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