OAB terá comissão para acompanhar inquérito e ação penal sobre assassinato de Danilo

Instituição agradeceu empenho da Polícia Civil em esclarecer o caso e aguarda conclusão de investigações para ver se há mais gente envolvida no homicídio

Presidente da OAB e delegado que conduz investigações
Descrição: Presidente da OAB e delegado que conduz investigações Crédito: Divulgação

A Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins (OAB-TO) se manifestou neste terça-feira, 29, agradecendo o empenho da Polícia Civil do Tocantins pelo trabalho que está elucidando o brutal assassinato do advogado Danillo Sandes Pereira, 30 anos, em Araguaína. Nesta terça-feira, 29 de agosto, em entrevista coletiva, a Polícia Civil apresentou Robson Barbosa da Costa, de 32 anos, suspeito preso acusado de ser o mandante do crime. Paralelamente, a Polícia Civil está no trabalho para capturar a pessoa que teria sido contratada para a prática o assassinato.

 

Conforme as investigações, o crime teve como causa um inventário no qual o advogado estava trabalhando. Segundo a Polícia Civil, Danillo Sandes não aceitou pressões do acusado do homicídio que queria fraudar a distribuição de bens do inventário para ficar com mais dinheiro. Ao todo, a herança em discussão no inventário pode chegar a R$ 7 milhões, conforme informações da Polícia Civil.

 

“Robson tentava ocultar bens do espólio e o Doutor Danillo não aceitou isso, não se curvou a isso. Então dai já surgiu uma animosidade. Passados alguns dias, após algumas situações que ele foi descobrindo que estavam sendo ocultadas dos demais inventariantes", disse o delegado Rerisson Macedo, um dos responsáveis pelo trabalho da Polícia. O delegado Guilherme Torres também atua nas apurações do caso.

 

Robson Barbosa foi preso em Marabá, mas é natural de Araguaína. A Polícia informou que a família dele e de Danillo Sandes se conheciam. Danillo advogava para outros integrantes da família no processo do inventário.

 

Agora, a OAB espera a conclusão de todas as investigações para ver se há mais gente envolvida no homicídio. Além disso, o presidente da Ordem, Walter Ohofugi, vai nomear uma comissão para acompanhar formalmente o inquérito policial, a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) e a tramitação da eventual ação penal. “Estamos falando de um crime bárbaro e ligado à advocacia. Houve prerrogativa brutalmente violada. Perdemos um colega ético e a advocacia exige que todos os responsáveis sejam presos”, frisou Ohofugi.

 

Nesta terça, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, entrou em contato com o presidente da OAB em Araguaína, José Pinto Quezado, para presta solidariedade e colocar à instituição à disposição para o que for preciso.

 

Assassinato

O corpo do advogado foi encontrado a 18 quilômetros da cidade, próximo do entroncamento com Babaçulândia no dia 29 de julho. Em estado muito avançado de decomposição, o corpo tinha marcas de lesões de dois tiros na cabeça, sangue e até marcas de queimaduras. Na ocasião, a OAB-TO decretou luto oficial de três dias.

 

 

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