Paulo Vieira questiona criação de Diretoria de Combate à Corrupção em redes sociais

A aprovação da Diretoria foi vista como uma manobra para barrar as investigações que envolvem políticos tocantinenses, uma vez que quem estará, possivelmente, à frente seria indicação do governador.

Crédito: Da web

O humorista tocantinense Paulo Vieira iniciou uma mobilização em suas redes sociais (foto no final da matéria) neste domingo, 16, na qual questiona o projeto do Governo do Estado, aprovado pelos deputados na quinta-feira, 13, que criou a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conesp).  

 

De acordo com o humorista, a aprovação da Diretoria seria uma manobra para barrar investigações que envolvam parlamentares e políticos tocantinenses, uma vez que quem poderá vir a ocupar o cargo de diretor seja alguém indicado pelo governador.  

 

Entenda

 

Em reunião conjunta das Comissões, na tarde do dia 11, antes da aprovação da matéria, cinco deputados pediram vista ao projeto de lei para apresentar emendas, mas apenas o deputado Professor Júnior Geo (PROS), manteve seu voto contrário a aprovação da proposta da maneira como foi apresentada. Para o deputado, o diretor teria que ser um delegado de carreira e não uma indicação do executivo.  

 

Outra emenda do deputado, ele pedia que o diretor indicado para a Dracco não tivesse poder para interferir no trabalho do delegado que estivesse investigando algum caso. As duas ementas foram recusadas. "Essa proposta foi levantada e apresentada aos deputados, mas depois ouve um recuo" disse o parlamentar.  

 

A líder de governo na AL, deputada Valderez Castelo Branco (PP), informou que o projeto do governador Mauro Carlesse (DEM), busca mais recursos financeiros para melhorias na Segurança Pública do Estado, por meio do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). E que um dos critérios estabelecidos pelo FNSP para o recebimento de recursos é a criação de uma divisão voltada exclusivamente para o combate à corrupção. 

 

Funcionários Fantasmas

 

A Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (DRACMA) tem conduzido no Estado, desde de dezembro de 2018, a Operação Catarse, que investiga ex-funcionários fantasmas no âmbito da administração pública.  

 

Já foram ouvidos em fases da operação a deputada Valderez Castelo Branco, o deputado Valdemar Júnior  (MDB) e o vereador de Porto Nacional Tony Andrade (PSD), além de ex-secretários e servidores públicos.

 

O T1 Notícias solicitou nota ao Governo do Estado sobre o exposto pelo humorista, mas não obteve retorno da Secretaria da Comunicação (Secom) até a publicação desta matéria.

 

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