PF deflagra operação e investiga médicos e empresários que prestam serviço ao Estado

Estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão temporária expedidos, 41 mandados de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão

Operação foi deflagrada em Palmas nesta terça
Descrição: Operação foi deflagrada em Palmas nesta terça Crédito: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 7, em Palmas, a Operação Marcapasso, que investiga esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no Tocantins, tendo como objetivo a aquisição de equipamentos chamados OPMEs (órtese, próteses e materiais especiais) de alto valor agregado e grande custo para o sistema de saúde.

 

Conforme a PF, cerca de 330 policiais federais cumprem 137 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Palmas - TRF1, sendo 12 mandados de prisão temporária expedidos, 41 mandados de condução coercitiva contra empresários e 84 mandados de busca e apreensão no Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Uma entrevista coletiva será realizada às 10h, na sede SR/PF/TO, na Capital.

 

Os servidores públicos da Secretaria Estadual da Administração foram liberados na manhã de hoje para que a Polícia Federal cumpra mandados de busca e apreensão no prédio da pasta. Outros mandados também serão cumpridos na Secretaria Estadual da Saúde.

 

A investigação começou quando os sócios da empresa Cardiomed Comércio e Representação de Produtos Médicos e Hospitalares Ltda-Epp foram presos em flagrante por terem, na qualidade de proprietários da empresa, fornecido à Secretaria de Saúde do Tocantins produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais cujos prazos de validade de esterilização estavam vencidos.

 

“No decorrer das investigações, veio à tona um vasto esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no Tocantins mediante o direcionamento de processos licitatórios”, informa a PF. O esquema possibilitava o fornecimento de vantagens ilícitas a empresas, médicos e empresários do ramo, bem como a funcionários públicos da área de saúde.

 

As pessoas investigadas, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa, dentre outros. O nome da operação é uma alusão a um dos itens mais simbólicos e conhecidos da área de cardiologia, o marca-passo. Esse era um dos itens que integravam alguns dos editais “fraudados” em procedimentos licitatórios na área de cardiologia na rede pública de saúde do Tocantins.

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