PF deflagra operação no TO que investiga transferências de recursos da previdência

De acordo com a PF, cerca de 65 policiais federais cumprem mandados nos estados do PA, AP e TO. No Estado, operação atua com buscas e apreensões em Brasilândia, Porto Nacional e Palmas

Operação "Olho de Tandera" em Macapá, AP
Descrição: Operação "Olho de Tandera" em Macapá, AP Crédito: Divulgação

Nesta quarta-feira, 20, aproximadamente 65 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 13 conduções coercitivas, nos estados do Tocantins, Pará e Amapá. As ordens judiciais foram todas expedidas pela 4ª Vara Criminal Federal de Belém, Pará. No Tocantins, a PF trabalha com buscas e apreensões nos municípios de Brasilândia, Porto Nacional e Palmas . Duas pessoas foram conduzidas coercitivamente. 

 

Os mandados fazem parte da operação “Olho de Tandera”, que investiga os crimes de gestão temerária, gestão fraudulenta, apropriação indébita especial financeira, instituição financeira irregular, corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, ocorridos em municípios do três estado.

 

De acordo com a PF, as investigações começaram com as suspeitas levantadas por Regimes Próprios de Previdência de municípios localizados no arquipélago do Marajó. Foi identificado que gestões anteriores transferiram mais da metade dos recursos dos Institutos de Previdência para um grupo de empresas privadas de forma irregular, além de não conseguirem realizar o resgate desses valores.

 

Ainda segundo a PF, o esquema fraudulento envolvia instituições financeiras de fachada, que funcionavam sem autorização do BACEN e CVM, para atuar com a gestão de recursos de terceiros, bem como no mercado de capitais, tendo ocasionado a lesão de aproximadamente R$ 24 milhões aos cofres municipais. Prejuízo que poderá ser maior, tendo em vista a existência de outros Institutos de Previdência Municipais no Estado do Pará que possivelmente também tenham realizado aportes para o grupo empresarial criminoso.

 

O nome da operação, Olho de Tandera, deriva da linguagem informal que significa ver o mal além do alcance.

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