PF investiga corrupção de servidores do Mapa e cumpre mandados de prisão no Tocantins

No Tocantins os mandados são cumpridos em frigoríficos de Araguaína, Gurupi e Paraíso do Tocantins. Dois servidores do Ministério da Agricultura no Tocantins estão entre os presos na operação

Polícia Federal fará coletiva à imprensa às 10h
Descrição: Polícia Federal fará coletiva à imprensa às 10h Crédito: Foto: T1 Notícias

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 16, a Operação Lucas, que investiga crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento e empresas fiscalizadas. Cerca de 120 policiais federais cumprem 62 mandados judiciais, sendo 10 prisões temporárias, 16 mandados de condução coercitiva e 36 mandados de busca e apreensão nos Estados do Tocantins, Pará, São Paulo e Pernambuco, além do bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens móveis e imóveis nos valores de R$ 2,2 milhões.

 

No Tocantins os mandados são cumpridos também em frigoríficos de Araguaína, Gurupi e Paraíso do Tocantins. Conforme apurado até o momento, dois servidores do Ministério da Agricultura no Tocantins estão entre os presos na operação. Uma entrevista coletiva será realizada às 10h, na Superintendência da PF em Palmas, para mais esclarecimentos sobre a ação.

 

A investigação começou após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizadas teriam sido favorecidas em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas. A PF apurou, por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, que a chefe de Fiscalização do Mapa, à época dos fatos, recebia de empresas fiscalizados valores mensais para custear despesas familiares. Apenas em sua conta pessoal a investigação identificou a diferença de mais de 200% do declarado em seu imposto de renda. Também foi detectado que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões, entre os anos de 2010 a 2016.

 

As pessoas investigadas, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, cujas penas podem chegar a 12 anos de reclusão. O nome da operação faz referência à passagem Bíblica do livro de Lucas que diz: “Não peçais mais do que o que vos está ordenado” e “A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo”.

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