PF realiza 6ª fase da Operação Ápia e investiga deputados federais e empresário do TO

A PF cumpre mandados de busca e apreensão e de intimação na casa do governador Marcelo Miranda (PMDB) e da primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda (PMDB), um dos alvos da operação

PF esteve bem cedo nos gabinetes dos deputados federais do TO
Descrição: PF esteve bem cedo nos gabinetes dos deputados federais do TO Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal, em conjunto com a Procuradoria Geral da República, deflagrou nesta quarta-feira, 13, a 6ª fase da Operação Ápia, com objetivo de cumprir 16 mandados de busca e apreensão e 8 de intimação em face de investigados mencionados em Acordo de Colaboração Premiada homologado no Supremo Tribunal Federal. Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Palmas, Araguaína e em Brasília (DF).

 

Conforme apurado pelo T1 Notícias, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e de intimação na casa do governador Marcelo Miranda (PMDB) e da primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda (PMDB), um dos alvos da operação. O deputado federal Carlos Gaguim (Podemos) e o empresário Benedito Farias, conhecido como Dito do Posto, dono de uma rede de postos de combustíveis, também são investigados. Ainda segundo apurado pelo T1, a PF cumpriu também mandados judiciais na Câmara dos Deputados, nos gabinetes de Gaguim e Dulce e nos apartamentos funcionais dos parlamentares em Brasília.

 

A Operação Ápia foi deflagrada em outubro de 2016 pela Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins para desarticular uma organização criminosa que atuou no Estado, conforme a PF, “corrompendo servidores públicos, agentes políticos, fraudando licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais em valores que superaram a cifra de R$ 850 milhões”.

 

Ainda de acordo com a PF, as obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado do Tocantins, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de R$ 1.203.367.668,70.

 

“Os recursos adquiridos tiveram a União Federal como garantidora (fiadora) da dívida contraída com Banco do Brasil e foram batizados pelo Governo Estadual como Programa Proinveste e Proestado”, informou a PF.


A investigação apontou para um esquema de direcionamento das contratações públicas mediante pagamento de propina de empresários que se beneficiavam com recebimentos por serviços não executados. O núcleo político da associação criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores.


“Nesta 6ª fase, são apurados os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins, de propriedade do colaborador Rossine Ayres Guimarães, a integrantes do núcleo político investigado”, aponta a PF.

 

A Polícia Federal informou ainda que não haverá coletiva de imprensa.

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