Polícia Civil deflagra operação contra pedofilia nesta sexta com três prisões no TO

Operação Luz na Infância investiga crimes de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil e conta com a parceria da Secretaria Nacional de Segurança e do Ministério da Justiça

Delegada da DRCC, Milena Santana de Araújo Lima,
Descrição: Delegada da DRCC, Milena Santana de Araújo Lima, Crédito: Da redação

Após deflagrar apreensões e prisões na manhã desta sexta-feira, 20, nas cidades de Palmas e Ponte Alta, a Polícia Civil do Estado, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), realizou coletiva para divulgar as ações da Operação Luz na Infância, que investiga crimes de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. O delegado-geral, Claudemir Luiz Ferreira, anunciou que está operação resultou “em uma das maiores do mundo no combate a pedofilia”, que conta com a parceria da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 

Segundo informações repassadas pela delegada da DRCC na coletiva, Milena Santana de Araújo Lima, três pessoas foram detidas e sete apreensões ocorreram na região Sul de Palmas e no município de Ponte Alta. Um homem foi preso com material pornográfico infantil e dois outros foram presos, em flagrante, realizando compartilhamento de desse tipo de imagem. Milena afirmou que em posse de apenas um dos detidos, foram recolhidos mais de 80 mil arquivos. Computadores, celulares e discos rígidos também foram levados pela polícia.

 

A delegada anunciou que os homens detidos possuem capacidade técnica em informática para atuar no compartilhamento dessas imagens, porém, não soube dizer, ainda, se eles formam uma quadrilha ou trabalham para uma rede mundial ou nacional de pedofilia e se produzem conteúdo aqui no Estado. “Por enquanto não temos a confirmação de matérias produzidos no Estado, o que a gente sabe que não são pessoas aleatórias, que só baixavam, são pessoas que sabiam o que estavam fazendo e aquilo que estavam procurando” pontuou.

 

Rede peer-to-peer

 

Ao falar do conhecimento específico dos criminosos, Milena ressaltou que eles não utilizaram a internet comum para baixar conteúdo, “se fizeram valer da internet P2P e programas para acessar e baixar”.  

 

P2, do inglês peer-to-peer, é um formato de rede de computadores em que a principal característica é descentralização das funções convencionais de rede, onde o computador de cada usuário conectado acaba por realizar funções de servidor e de usuário ao mesmo tempo, dificultando ser encontrado.

 

No final da coletiva, o delegado geral declarou que a atuação da corporação foi um impulso para uma conscientização de todos os policiais e também da sociedade para a importância ao combate desse tipo de crime. “Um crime sorrateiro que não é acompanhado pelo pai, pela mãe e pelo responsável, quando se percebe, muitas vezes as nossas crianças estão sendo vitimadas”.

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