Por falta de profissionais, serviço de radioterapia de Araguaína é adiado novamente

Apesar da necessidade dos técnicos, Rodrigo Cândido admite que os salários têm dificultado as contratações

Equipamento oncológico
Descrição: Equipamento oncológico Crédito: Divulgação

Prometido para funcionar a partir desde segunda-feira, 18, o Estado adia novamente o serviço de radioterapia de Araguaína. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que está em negociação com dois profissionais para iniciar os atendimentos na cidade.

 

O equipamento está instalado na Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Regional de Araguaína (Unacon/HRA). Para seu uso, é necessária, hoje, à contratação de um responsável técnico e um supervisor substituto de proteção radiológica.

 

Segundo o técnico da Gerência da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Tocantins, Rodrigo Cândido de Souza, as demandas que haviam sido relacionadas durante a vistoria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na máquina de radioterapia, foram em sua maioria solucionadas, a exemplo da utilização da potência da máquina.

 

Apesar da necessidade dos técnicos, Rodrigo admite que os salários têm dificultado as contratações. “São necessários, agora, estes dois profissionais para darmos início aos atendimentos; são especialidades de demandas específicas, com poucos profissionais habilitados no país. Ainda estamos esbarrando em questões salariais”, disse Rodrigo Cândido.

 

De acordo com a Ses, a liberação da máquina trará maior comodidade aos pacientes atendidos na Unacon/HRA, pois não necessitarão se deslocar para outro estado para realizar o tratamento, reduzindo também os custos para a gestão com o pagamento de serviço privado. Atualmente 45 pacientes realizam o tratamento em Imperatriz, no Maranhão.

 

A falta de radioterapia na rede pública do Estado vem se arrastando há anos, após o antigo equipamento da Unacon/HRA parar de funcionar. No final de fevereiro, o CNEN havia liberado o uso da máquina após vistoria realizada por técnicos da comissão.

 

Ação Civil

 

Promotora de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro, responsável pela Ação Civil Pública que resultou em bloqueio de R$ 1.4 milhão na conta do tesouro estadual para garantir a reforma da Unacon/HRA para o recebimento do equipamento, relatou que desde agosto de 2015 até a presente data, mais de 1.300 pacientes se deslocaram até Imperatriz(MA) para receberam  tratamento oncológico.

Comentários (0)