Presidente da Força diz que congresso fortaleceu luta pelos direitos do trabalhador

Carlão, presidente da Força Sindical-TO e da Fesserto, destacou importância do Congresso Nacional da Força na luta contra ataques aos direitos dos trabalhadores

Presidente da Força Sindical/TO em congresso
Descrição: Presidente da Força Sindical/TO em congresso Crédito: Divulgação

Realizado nesta semana em Paria Grande (SP), o 8ª Congresso Nacional da Força Sindical serviu para fortalecer, ainda mais, a luta do movimento sindical contra os ataques aos direitos dos trabalhadores impostos pelo governo federal. “Nos últimos 70 anos, quando foram criados os direitos trabalhistas e previdenciários, jamais havíamos recebido ataques tão violentos e sistemáticos. Nem a Ditadura Militar se animou a mexer nos nossos direitos, diferente do que este governo sem legitimidade faz agora”, ressaltou o presidente da Força Sindical-TO e presidente da Fesserto (Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins), Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), que participou dos três dias de debate do Congresso.

 

Carlão ressaltou que, diferente do que o governo vem divulgando, a macroeconomia não apresenta qualquer resultado positivo, tendo uma queda no PIB (Produto Interno Bruto) de 2016 de 3,6%. “O governo mente quando agora, com um pequeno aumento do PIB trimestral, fala em fim da recessão. Primeiro, esse aumento se deve única e exclusivamente a agropecuária, que teve grande safra, e segundo que o índice é calculado sobre uma base já muito defasada, que não teria como piorar”, salienta Carlão.

 

O sindicalista do Tocantins destacou que esse seu posicionamento é o mesmo dos demais dirigentes da Força Sindical nos outros Estados e vai ao encontro do comando nacional da Central, que teve seus mandatos renovados.

 

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, foi reeleito para mais quatro anos presidindo a Força Sindical. O evento teve mais de 4 mil presentes, sendo 2.392 delegados inscritos. Nos principais cargos da Central, também houve recondução dos dirigentes.

 

Ao final do evento, a Força Sindical divulgou a “Carta de Paria Norte”. O documento prega a união com outras centrais para, juntos, ampliar as lutas em defesa dos trabalhadores do Brasil.

 

Confira, abaixo, a carta na íntegra:

 

"Carta da Praia Grande

 

Considerando o atual momento político que vivenciamos;

Considerando o avanço sistemático das forças políticas e econômicas conservadoras, com a intensificação dos ataques pela retirada, pura e simples, dos direitos trabalhistas e previdenciários;

Considerando que, a continuar tal situação tais forças irão comprometer toda a nossa esperança por um futuro de uma sociedade mais justa e com maior distribuição de renda; 

Considerando que, na atualidade, o paradigma linear de direita e esquerda não responde mais às necessidades contemporâneas para o desenvolvimento no início do novo século;

Considerando que nós, representantes de parte significativa do sindicalismo brasileiro, temos de renovar, com uma frequência quase que frenética, nosso posicionamento caso queiramos, efetivamente, ser protagonistas das mudanças deste momento histórico que atravessamos;

Consideramos que, para isto, devemos ter recursos políticos suficientes para compartilhar a liderança não apenas dos trabalhadores, mas também a de todo o mundo do trabalho;

Considerando que, para tanto, temos de buscar o diálogo para promover alianças com forças progressistas não alinhadas a modelos e estereótipos ultrapassados;

Nós, sindicalistas da Força Sindical, representantes de todos os setores econômicos do Brasil, reunidos nos dias 12, 13 e 14 de junho, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, resolvemos:

Atuar com todas as forças progressistas desenvolvimentistas do País, e cerrar fileiras na construção de uma sociedade em que as relações de trabalho sejam justas e inclusivas;

Alertar aos segmentos do capital predatório que, para um desenvolvimento sustentável e produtivo, faz-se necessário equilíbrio entre os direitos dos trabalhadores e dos interesses desenvolvimentistas, em uma parceria de compromissos em favor do bem comum;

Reafirmar nossa luta e necessidade de unidade de ação em prol de uma sociedade justa, com emprego, renda, saúde, educação, transporte, moradia e dignidade para todos.

 

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