Profissionais da saúde aprovam proposta do Musme e reclamam de trabalho escravo

Foi aprovada em assembleia geral dos profissionais da saúde a proposta do Musme para o pagamento da data-base. Servidores comparam tratamento de gestão a trabalho escravo

Servidores aprovam proposta do Musme
Descrição: Servidores aprovam proposta do Musme Crédito: Foto: Divulgação

Foi realizada na manhã desta quinta-feira, 29, uma assembleia geral com os profissionais da Saúde do Tocantins, onde os servidores demonstraram a indignação com os atuais gestores do Estado e comparam tratamento recebido a trabalho escravo.

 

De acordo com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Tocantins (Sintras) e os servidores, a pauta que motivou a greve geral é o não pagamento da data-base 2016 e os seus retroativos. “Mas esta pauta vem puxando todo o peso que os profissionais já vinham sentindo como a falta de alimentação nas unidades hospitalares” reitera o Sintras.

 


Além disso, os servidores estão preocupados com outros fatores que estão vivendo atualmente. “Somam também ao fato insegurança, ameaças e assédio moral no ambiente de trabalho, negativação dos nomes dos servidores, como também pagar o Plansaúde e não ter o serviço que necessita”, ressalta o Sintras.

 

Outro ponto colocado pela categoria, que por diversas vezes foi reivindicado ao governo via ofício e cobranças diretas pela diretoria do sindicato, solução para “a péssima condição de trabalho oferecida a categoria tanto quanto a quantidade de profissionais, quanto a infraestrutura das unidades”.

 


Após ouvir a base, a diretoria do Sintras assegurou que a categoria está revoltada devido o descaso do governo com os servidores da saúde e que eles estão decididos cobrar os seus direitos até o governo cumprir a Lei.

 

“Como tenho falado desde o início, essa greve é culpa do governo, sem pagamento da data-base, a greve continua por tempo indeterminado, pois o que os servidores, filiados e representados pelo Sintras, estão pedindo é só a reposição da inflação e não aumento de salário”, frisou o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda.

 

Ele disse também que em virtude das demandas levantadas pelos servidores e que ainda não foram atendidas pelo governo, faz com que os profissionais tenham dificuldade em acreditar que o Estado vai cumprir com o acordo de parcelamento da data-base, mas estão arriscando em receber o direito em duas parcelas, condicionando o recebimento da primeira, impreterivelmente, este ano.

 

Desta Assembleia Geral participaram servidores de Palmas, Paraiso, Porto Nacional, Miracema, Araguaina e Barrolândia.

 

Proposta

Proposta protocolada pelo MUSME na última terça-feira, 27, diz que o índice da data-base 2016 de 9.8307% deverá ser pago implementando 50% na folha de pagamento de outubro de 2016; os outros 50% do índice da data-base 2016, na folha de pagamento de janeiro de 2017.

 

E quanto aos retroativos da data-base 2015 e o deste ano 2016, deverá ser pago no exercício de 2017, iniciando na folha de janeiro simultaneamente.



Além disso, os Sindicatos também reivindicam a implantação da jornada de 06 horas diárias em todos os setores da Administração Pública.

 

(Com informações da Ascom Sintras)

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