Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 23, o secretário de Administração do Estado, Geferson Barros pontou as mudanças que estão sendo feitas com a reestruturação do Plansaúde. “Não tem outra saída a não ser fazendo o reajustamento dos valores que a gente tem de contribuição para o plano. Os valores são desiguais. Essa relação de 70/30, é impossível que o governo banque ela”, justificou o secretário que prevê novos aumentos na contrapartida dos servidores a partir de janeiro de 2017.
O secretário afirmou que não há ajustes nas contribuições do Plansaúde há sete anos, e que o Tocantins é o único que oferece adesão de participantes indiretos. “Eu tenho hoje um custo muito elevado para uma composição de receita que infelizmente para o Estado é impossível dele arcar", afirmou Geferson.
As primeiras medidas, de acordo com o secretário, foram a revisão nos preços de serviços e produtos, como órteses e próteses. “Antes de tomarmos qualquer medida que viesse a onerar o servidor, a gente teve que fazer uma mudança nas precificações, que foi aquela tabela 855, que foi publicada e instituiu uma nova tabela para aquisição das órteses e próteses e também uma série de regulamentações de procedimentos que antes não estavam tão bem claros”, afirmou.
A partir de janeiro, o teto da contribuição do servidor, que hoje é de R$ 475, deve aumentar. Segundo o secretário, o valor é insuficiente para arcar com os custos do plano. “Muitos dos usuários ultrapassam os R$ 800,00”. O percentual de 6%, no entanto, deve ser mantido para não onerar os servidores que recebem salários mais baixos.
O secretário afirmou que o novo valor do teto deverá ser apresentado em uma proposta em reunião com a Comissão de Análise de Estruturação no próximo dia 10. “Eu vou levar o projeto de Lei, mas hoje eu vou ter que fazer esse ajuste de teto de acordo com os custos que eu tenho de plano”, ressaltou Geferson.
Com a nova tabela dos dependentes indiretos, o servidor que pagava R$ 168 para o usuário, por exemplo, passa a arcar com R$ 305.
Respondendo o Sisepe
Em resposta aos questionamentos do presidente do Sindicato dos Servidores do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, de que a inflação não corresponde ao aumento, Barros diz que a tabela já era deficitária. “Eu dou como exemplo o plano deles mesmo. Primeiro o plano não prevê usuários indiretos, como o nosso, segundo para você ter um dependente indireto, você tem que pagar o mesmo valor da faixa etária que o usuário paga”, afirmou.
Prestadores de Serviço
O secretário disse ainda que o Estado vem cumprindo com os acordos judiciais para o pagamento dos prestadores de serviços ao Plansaúde. "Neste mês nós pagamos R$ 28 milhões e no próximo mês devemos pagar cerca de R$ 38 milhões", afirmou.
Caso o usuário sinta-se prejudicado com a interrupção do serviço por algum estabelecimento ou profissional de Saúde, o secretário orientou a procurar a administração. "Quem não estiver atendendo, o termo de conciliação prevê como punição, o descredenciamento do plano".
Confira no vídeo abaixo um trecho da entrevista com o secretário:
Comentários (0)