Servidores da Educação do Estado avaliam não retornar as aulas em agosto

Segundo o Sintet para um professor que ganha atualmente o piso salarial, o reajuste apresentado pelo governo não chega a R$ 20,00.

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Após a publicação da medida provisória do Governo que concedeu data-base 2019 de 0,75% aos servidores, nesta quinta-feira, 20, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado (Sintet) reuniu seus diretores e avaliaram a possibilidade de não retornarem as aulas em agosto, caso a medida não seja revista e concedida a data-base de 5,74%, percentual defendido pelas entidades representativas. Procurada pela T1, a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) informou que o Governo do Tocantins não foi notificado oficialmente sobre o possível indicativo de greve da categoria.

 

De acordo com o sindicato a proposta de 0,75% foi vista como um desrespeito aos trabalhadores. “Avaliamos a proposta da data-base como uma grande ofensa do Governo, um total desrespeito aos servidores públicos deste Estado, não vamos aceitar barganha, queremos o que é nosso por direito”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago. 

 

Segundo o Sintet, para um professor que ganha atualmente o piso salarial, o reajuste apresentado pelo governo não chega a R$ 20,00, já se o governo cumprisse a Constituição e a legislação vigente, aplicando a reposição da inflação, esse reajuste chegaria a quase R$ 150. “É preciso que o Governo reponha a inflação, conforme estipulado em lei, se não vamos acabar pagando para trabalhar”, disse o presidente da entidade.

 

A direção sindical vai convocar a categoria para discutir a proposta de paralisação em assembleias regionais no início de agosto.

 

Entenda

 

O Governo do Tocantins publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 19, Medida Provisória que dispõe sobre a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos estaduais, com incremento de 0,75%.

 

A gestão do Estado recebeu dos sindicatos e representantes dos servidores públicos uma reivindicação da data-base com reajuste de 5,074%, o que segundo cálculos da equipe da Administração e Fazenda custaria aos cofres públicos quase R$100 milhões a mais no ano.

 

Conforme o Governo, o número apresentado não é condizente com o panorama fiscal do Estado, que em 2019 anunciou a reforma administrativa para melhorar o seu desempenho e adequar seus compromissos à realidade financeira atual. “O valor representaria 59,22% de toda a economia obtida com a reforma administrativa implementada pelo Governo até o momento”, apontou o relatório produzido por técnicos do Governo.

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