Servidores realizam protesto à decisão do governo e professores ocupam Seduc

Grevistas saíram da JK em direção ao Palácio Araguaia onde realizaram um ato contra fechamento das negociações. Professores ocuparam a Seduc em protesto pelo pagamento da data-base

Grevistas protestam na JK
Descrição: Grevistas protestam na JK Crédito: Foto: Divulgação

O Movimento de União dos Servidores Públicos Civis e Militares do Estado do Tocantins (Musme) realizou na manhã desta quinta-feira, 3, uma caminhada pela Avenida JK, em Palmas, em protesto reivindicando pagamento da Data-base dos servidores do Estado e contra o encerramento das negociações pelo Governo. Os servidores estão em greve desde o dia 9 de agosto.

 

A caminhada teve início em frente ao Colégio São Francisco, na JK, e de lá os grevistas seguiram para a Praça dos Girassóis, onde realizaram um ato em frente ao Palácio Araguaia. Os trabalhadores da Educação seguiram para a Secretaria da Educação (Seduc) onde realizaram uma ocupação.

 

Avaliação da greve

O ato contou com a participação de diversas categorias que reivindicam o pagamento da data-base. Os Sindicatos se reúnem com os servidores ao longo do dia para avaliar o momento da greve. “Os servidores devem ser ouvidos, principalmente após a decisão do STF, referente a corte de pontos de servidores em greve. Então será feita uma avaliação e o sindicatos devem apresentar um posicionamento no fim da tarde”, relatou a assessoria de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe).

 

Uma reunião com sindicatos que integram o Musme está prevista para acontecer às 17 horas. Onde serão informadas as deliberações das assembleias gerais.

 

O Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins (Seet) realizou a assembleia geral nesta manhã, onde ficou decidido pela continuação da greve. De acordo com o presidente do Seet, Claudean Pereira, apesar disso, o sindicato deve acatar a decisão da maioria dos sindicatos. “Os profissionais entendem que não é o momento de recuar e que esta proposta do Governo não atende a categoria. Porém, como estamos desde o início do movimento seguindo orientações do Musme, acataremos a decisão da maioria dos sindicatos e continuaremos em greve até que todas as assembleias ocorram”, disse Claudean.

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (Sintras), também decidiu manter a greve. Completando 87 dias, a paralisação dos serviços de saúde nos hospitais e órgãos do Estado será mantida. O Sintras apresentará uma nova proposta de pagamento da data-base, sendo o pagamento de 9,8307% em três parcelas. Conforme o sindicato, 3% seria pago na primeira parcela em janeiro, 3% na segunda parcela em abril e a última de 3,8307% no mês de julho, todas no ano de 2017.

 

De acordo com o Sintras, os servidores também pontuaram que querem o pagamento dos retroativos da data-base 2015 e 2016 ambos no exercício de 2017, sugestão que deverá ser incluída na proposta de pagamento do direito.

 

Os servidores do Quadro Geral também mantiveram a greve. O Sisepe convocou Assembleias Gerais nas seguintes cidades: Palmas, Gurupi, Araguaína, Tocantinópolis, Augustinópolis, Araguatins, Dianópolis, Guaraí, Pedro Afonso e Taguatinga.

 

Após avaliarem o momento atual da greve e a proposta feita pelo Governo do Estado, a maioria dos servidores presentes nas Assembleias Gerais de Palmas e Araguaína decidiu pela continuidade da greve. Todas as outras cidades votaram pelo encerramento do movimento paredista e nessas cidades, os servidores retornarão ao trabalho a partir da próxima segunda-feira, 07. 

 

Já os trabalhadores em Educação, estão reunidos nesta tarde em assembleia na ATM, onde deliberam sobre a greve.

 

Sem acordo

O Governo do Estado oficiou o Musme no dia 24 de agosto, informando que referente às negociações da data-base, não haverá condições legais e financeiras que possam viabilizar a alteração da proposta já apresentada para os sindicalistas. A proposta é começar a pagar a data-base a partir de janeiro de 2017.

 

Entenda 

Os grevistas reivindicam o pagamento dos retroativos da data-base 2015, o índice de 9,8307% referente à data-base 2016, além dos retroativos de 2016 gerados de maio até o mês de pagamento. 

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