Subsecretário da SSP e Comandante Geral tentam acalmar ânimos após prisão de PM’s

Em coletiva realizada nesta quinta-feira, 20, gestores da Polícia Militar e Segurança Pública do Estado falaram sobre necessidade de tratar prisão de PM's como episódio isolado e manter tranqüilidade

Subsecretário da SSP e Comandante Geral da PM
Descrição: Subsecretário da SSP e Comandante Geral da PM Crédito: Foto: Washington Luiz

Em coletiva de imprensa realizada no final da tarde desta quinta-feira, 20, o subsecretário da Segurança Pública (SSP), Abizair Antônio Paniago e o Comandante Geral da Polícia Militar, Glauber de Oliveira Santos, tentaram acalmar os ânimos entres as duas forças policiais: civil e militar após o episódio que gerou reação de diversas autoridades militares, envolvendo a prisão de dois PM's no 8º Batalhão, em Paraíso. Os dois evitaram comentar informações que circulam nas redes sociais de que o delegado à frente da operação “Frutos Podres” estaria sofrendo intimidações.

 

O Coronel Glauber disse que pediu a abertura de um inquérito paralelo a uma sindicância que irá apurar possíveis exageros no cumprimento da ação. “Caso tenha tido algum fato exacerbado, nós vamos apurar da forma competente. Foi instaurado hoje à tarde um inquérito policial militar para apurar a conduta dos militares e eventualmente nós estamos comunicando ao Secretário de Segurança Pública a impressão que a Polícia Militar teve”, esclareceu o comandante.

 

Durante toda a coletiva ficou evidente preocupação dos dois gestores em apaziguar qualquer informação que pudesse gerar mal-estar entre as instituições. “Em relação a situação, obviamente quando se fala em uma instituição como a Polícia Militar que tem toda honradez com o seu povo, com sua unidade, com seu comando, e a unidade militar que é um ponto sagrado para essa instituição, é claro que uma ação dessas, causa desassossego, contrariedade. Agora o que eu volto a frisar novamente, é que até o momento nós não recebemos nenhuma informação oficial de que tenha ocorrido qualquer ilegalidade na prática do cumprimento dessa ação judicial”, afirmou Paniago.

 

“O que vale mais nesse momento é que as instituições estão irmanadas como sempre são. Uma atribuição complementa a outra. Sem as duas não tem como haver segurança pública”, ressaltou Glauber de Oliveira.

 

O coronel reconheceu que os ânimos ficaram “exacerbados” após a operação. “É necessário que todo policial militar, que todo policial civil que nós temos também que servir a sociedade. Se a gente estiver desunidos, nós não vamos defender a sociedade”, disse Glauber.

 

O subsecretário classificou a situação como um "descoforto" gerado pela ação. "Essa situação verificada em Paraíso gerou essa situação de desconforto para a Polícia Militar, naturalmente nós compreendemos que passa por esse processo e o que deve ser esclarecido é que o próprio comando da Polícia Militar não avaliza atos ilegais praticados por seus membros".  

 

Entenda

Na última terça-feira, 18, a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual deflagraram na em Paraíso do Tocantins, a operação “Fructus Putres”, do latim, Frutos Podres, para cumprir dois mandados de prisão preventiva expedidos contra policiais militares.

 

Conforme informações divulgadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em setores do Batalhão da Polícia Militar em Paraíso do Tocantins, "onde foram localizadas e apreendidas drogas e outros materiais”.

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