Suspeitas de infecções por COVID-19 em jovens de Palmas são oficializadas pelo MS

As duas jovens suspeitas chegaram recentemente de uma viagem pela Europa e passaram inclusive pela Itália. Elas têm 26 e 22 anos de idade. Agora, apenas Roraima e Amapá não possuem casos confirmados.

Os dois casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus registrados em Palmas entraram para os dados oficiais do Ministério da Saúde (MS) nesta sexta-feira, 13, à tarde, conforme último balanço do órgão federal. As duas jovens suspeitas chegaram recentemente de uma viagem pela Europa e passaram inclusive pela Itália, onde a situação está mais agravante. Elas têm 26 e 22 anos de idade. Agora, apenas Roraima e Amapá não possuem casos confirmados ou suspeitos.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclareceu que abordará junto à imprensa apenas os casos oficiais suspeitos, aqueles que se enquadram nos critérios do Ministério da Saúde, ou os casos que serão confirmados. Entretanto, o Ministério já classificou a situação das duas moças suspeitas em Palmas. (veja quadro abaixo)

 

 

 

Para que um caso seja considerado oficialmente suspeito, o paciente deve apresentar febre e pelo menos um dos sintomas característicos de Síndrome Respiratória Aguda (SRA), como tosse ou falta de ar.  É necessário também a presença em algum país com alta incidência de casos relacionados ao Covid-19 ou ter tido contato com pacientes que já tenham o diagnóstico confirmado.

 

A Superintendência de Vigilância em Saúde está fazendo acompanhamento ostensivo com as unidades de Saúde de toda a rede tocantinense.

 

As pacientes palmenses em questão estão em isolamento domiciliar, suas amostras foram colhidas para exames que resultaram inconclusivos no Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen), portanto foram encaminhados à um dos laboratórios de referência definidos pelo MS.

 

Transmissão comunitária

 

O Brasil teve os primeiros casos de transmissão comunitária de coronavírus. De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, essa nova situação foi registrada nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Transmissão comunitária ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais.

 

No total, quatro pessoas adquiriram o vírus por essa modalidade de transmissão. Outras 79 são casos importados (que foram contaminadas no exterior) e 15 foram infectadas por transmissão local (por meio de contato com pessoas de casos importados).

 

“Não temos evidência de aumento de internação por síndrome respiratória aguda grave”, comentou o secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

 

No balanço do ministério disponibilizado nesta sexta,  o número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) chegou 98. Foram 21 pessoas infectadas a mais do que o último dado, anunciado ontem (12). Os casos suspeitos aumentaram para 1.485. Os descartados ficaram em 1.344.

 

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os epicentros do surto no país, respectivamente com 56 e 16 casos confirmados. Em seguida vêm Paraná (seis), Rio Grande do Sul (quatro), Goiás (três) e Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal e Pernambuco (dois casos cada um). Completam a lista Alagoas e Espírito Santo (um caso).

 

Nos casos suspeitos, São Paulo também lidera (753), seguido de Minas Gerais (116), Rio Grande do Sul (81), Santa Catarina (77), Rio de Janeiro (76) e Distrito Federal (75). Do total, 15% dos casos confirmados demandam maior nível de atenção, podendo evoluir para agravamento. Há 12 pessoas hospitalizadas.

 

Difusão

 

A transmissão comunitária ocorre quando há maior difusão do vírus e as equipes de vigilância não sabem mais quem originou os casos. Neste caso, as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde se tornam mais complexas, conforme conjunto de iniciativas divulgado hoje pela equipe da pasta.

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