Vereador de Araguaína é detido em operação contra esquema de vendas de CNHs no TO

Os outros envolvidos no esquema são servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/TO) e o proprietário de uma auto escola

Equipes do Gote e Gaeco cumprem mandados
Descrição: Equipes do Gote e Gaeco cumprem mandados Crédito: Divulgação/MPE

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), em colaboração com a Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 13, uma operação contra suposto esquema de venda de CNHs no município de Araguaína. O vereador Gilmar Oliveira Costa (PSC) foi submetido à detenção e encaminhado para uma delegacia da cidade para prestar esclarecimentos, segundo informações do MPE.

 

De acordo com o MPE, um grupo, supostamente liderado pelo vereador e por outro envolvido, ambos proprietários de duas auto escolas, estaria comercializando provas teóricas necessárias para a aprovação do certame de habilitação pelo valor de R$ 500. O custo poderia chegar a R$ 3 mil, caso o contratante do esquema pretendesse aprovação nas provas teóricas, práticas e no teste de volante.

 

Os outros supostos envolvidos no esquema são servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/TO). Durante a investigação do MPE, agentes do Gaeco se infiltraram no esquema. Conforme relatório dos agentes infiltrados, que tinham por objetivo obterem uma CNH sem se submeterem aos certames legais, “eles traçaram como estratégia um ‘pseudo contrato pretérito’, no qual a ponte entre eles e o investigado Gilmar seria estabelecida por um terceiro fictício, que se apresenta como cliente de outros procedimentos e recomenda o agente infiltrado ao alvo, engajando-o no esquema”.

 

A Operação realizou buscas e apreensões na residência do vereador e na Câmara Municipal de Araguaína. Além da condução do parlamentar, policiais civis cumpriram mais sete mandados de prisão. Seis são funcionários do Detran de Araguaína, além do proprietário de uma das auto escolas.

 

Necessária a decretação da prisão temporária dos representados, eis que há fortes indícios de autoria e participação nos crimes de associação criminosa, corrupção, e falsificação de documento público, sendo as medidas imprescindíveis para a elucidação das investigações”, diz o MPE no relatório da investigação.

 

Detran responde 

 

Ao T1, o Detran afirmou que está seguindo as investigações internas, consoante a sua atribuição. “Todos os envolvidos serão punidos de acordo com as competências administrativas deste órgão" ponderou o órgão. Ressaltou, ainda, que está à disposição dos órgãos de investigação para colaborações necessárias”.

 

O T1 deixa o espaço aberto para que os citados nesta matéria se pronunciem, caso queiram.

 

Confira abaixo mais imagens da operação em Araguaína:

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