Vitima de acidente que envolveu juiz do TJ passa por cirurgia

Acidente aconteceu na manhã de sábado, 1, em via marginal à TO 050. A moto na qual estava Elisângela dos Santos e Ana Paula Coelho colidiu com o Kia Sportage dirigido pelo juiz substituto Agenor Alexandre da Silva, que não teria prestado socorro.

Vitima está no HGP
Descrição: Vitima está no HGP Crédito: Divulgação

Elisângela dos Santos Nunes Batista, de 33 anos, que se envolveu em acidente com o juiz substituto Agenor Alexandre da Silva, na manhã de sábado, 1, está passando por uma cirurgia neste momento no Hospital Público Geral de Palmas. Somente depois disso, os médicos vão decidir se há ou não a necessidade de fazer a amputação de uma das pernas da paciente.

 

Os médicos prometeram falar a respeito do caso somente após o término da cirurgia, previsto para depois das 17 horas desta segunda-feira, 3. De acordo com o HGPP a outra vítima, Ana Paula Lima Coelho, de 29 anos, sofreu luxações e fraturas, mas seu quadro de saúde é estável. Ela continua internada em observação.

 

O acidente

O acidente aconteceu por volta das 5h30 da manhã de sábado numa via marginal à TO 050, quando houve uma colisão entre a moto onde estava Elisângela e o Kia Sportage dirigido pelo juiz, que, segundo as informações, saiu sem prestar socorro às vítimas.

 

O juiz não quis falar com a imprensa a respeito do acidente. Já a Associação dos Magistrados do Tocantins (Asmeto) divulgou nota em que apresenta a versão do magistrado. De acordo com a Asmeto, Agenor Alexandre não percebeu que havia colidido com uma moto. Ainda de acordo com a entidade, o magistrado pensou que seu veículo tivesse sido atingido por um objeto arremessado por um transeunte ou possíveis delinquentes.

 

Ainda de acordo com a nota da Asmeto, após ser parado por policiais militares e ser informado que seu carro havia se envolvido num acidente, o magistrado foi até a Delegacia de Polícia onde prestou os esclarecimentos e está prestando assistência às vítimas. A Asmeto argumentou também que o magistrado não estava alcoolizado.

 

Confira a íntegra da nota da Asmeto:

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Associação dos Magistrados do Estado do Tocantins – ASMETO, na pessoa de seu Presidente, esclarece que: 

1.     O acidente teria ocorrido por volta das 05:30 horas (madrugada), numa via marginal, sem sinalização e ou iluminação, de mão dupla e sem divisão de pistas; no momento da colisão o magistrado não percebeu que havia colidido com uma moto, mas sim que seu veículo tivesse sido atingido por algum objeto (madeira, pedra ou animal), lançado por transeuntes ou possíveis delinqüentes e, ao ouvir um barulho olhou pelo retrovisor e como não visualizou qualquer causa responsável pelo impacto naquele momento, resolveu continuar em sua trajetória convicto de que teria sido o atingido por um objeto arremessado por terceiros; por se tratar magistrado sujeito aos riscos peculiares da profissão, ele teria optado por prosseguir, diante mesmo de uma possível tentativa de assalto ou roubo já que se tratava de local deserto e escuro;

 

2.      Ao perceber os danos materiais acionou o seguro de seu veículo para reforma, sendo que horas depois fora parado pela Policia Militar e informado de que seu veículo havia se envolvido em um acidente com vítimas, e, assim, ciente dos fatos, prontamente conduziu seu veículo acompanhado de um Policial Militar até a Delegacia de Polícia, onde prestou esclarecimentos e, pessoalmente, levou seu veículo para ser Periciado.

 

3.     Assim, fica evidente que não houve qualquer intenção do Magistrado em não prestar socorro às vítimas;

 

4.     A seguir prestou todo atendimento às vítimas e a seus familiares, bem como colocou um hospital particular à disposição destas, caso ocorra necessidade, contudo, veio a ser informado pela Direção do HGP que elas estão em franca recuperação e que não correm risco de vida;

 

5.     Pessoas ligadas ao Juiz estão em contato constante com os familiares das vítimas, prestando-lhes toda a assistência moral e material, inclusive com estadias e alimentação, nada obstante não restar definido quem deu causa ao acidente;

 

6.     Registra-se, por último, que o Dr. Agenor Alexandre da Silva não tinha feito uso de bebidas alcoólicas, e que qualquer ser humano está sujeito a se envolver em acidentes automobilísticos, seja ele magistrado, ou não.

 

7.     Os fatos aguardam as investigações.

 

 

Palmas (TO), 03 de setembro de 2012.
Helvécio de Brito Maia Neto
Presidente da ASMETO

 

 

 

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