O governador em exercício do Tocantins, Wanderlei Barbosa (PSL), disse em coletiva de imprensa realizada no Palácio Araguaia na manhã desta quinta-feira, 21, que substituirá os secretários que foram afastados por decisão judicial para que os cargos não fiquem acéfalos, mas que deve manter o restante do secretariado.
“No momento, eu não penso em mudanças. Nossos secretários estão sendo coerentes na prestação do serviço, nós temos um Governo de coesão e de respeito mútuo. O que faremos será um trabalho de fortalecimento das nossas ações”, respondeu Wanderlei Barbosa quanto aos questionamentos sobre possíveis mudanças no secretariado.
Para que o andamento da gestão não seja prejudicado, os cargos que estão sem titulares após o afastamento determinado por decisão para investigações da operação Éris e Hygea serão nomeados. Portanto, a Secretaria de Segurança Pública, a diretoria do Tesouro, secretaria de Parcerias e Investimentos, terão novos comandos.
O Termo de Assunção da Chefia do Poder Executivo do governador interino foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem, 20. “O Vice-Governador do Estado do Tocantins, WANDERLEI BARBOSA CASTRO, nos termos conferidos pelo art. 39, §2o, da Constituição do Estado do Tocantins, assume interinamente a Chefia do Poder Executivo, em substituição ao titular, em decorrência de determinação judicial proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, pelo período de 180 dias, ratificando o compromisso solene de manter, defender e cumprir a Constituição Federal e a Estadual, observar as Leis, promover o bem geral, sustentar a união, a integridade e o desenvolvimento do Tocantins”, diz o documento.
Secretários afastados
Nessa quarta-feira, 20, Wanderlei Barbosa recebeu comunicado do ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre os servidores estaduais afastados por 180 dias de suas funções. Entre os nomes, está o Secretário de Segurança Pública, a Diretora Geral da Polícia Civil, a diretora da Espólio, o Chefe da Divisão Especializada de Repressão à Corrupção, o Secretário Executivo da SSP, Corregedor Geral da SSP, Delegado da 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), um escrivão e um agente da Polícia Civil, gerente do núcleo de Inteligência do Detran, dois agentes da Polícia Civil cedidos ao Ministério Público e um Major da Polícia Miliar e diretora do Tesouro do Estado.
Entenda
Cerca de 280 policiais federais cumprem 57 mandados de busca e apreensão e outras 50 medidas cautelares, como a suspensão do exercício das funções públicas, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nas cidades de Palmas, Gurupi, Porto Nacional, Minaçu/GO, Goiânia/GO, Brasília/DF e São Paulo/SP.
Uma das operações investiga suposto pagamento de propina ligados ao Plano de Saúde dos servidores públicos do Tocantins. A outra tem seu eixo na Secretaria de Segurança Pública (SSP). No segundo caso, o STJ apura obstrução de investigações iniciadas por delegados de Polícia Civil, que foram transferidos, ao comandar processos por crimes de corrupção envolvendo membros de primeiro e segundo escalão do governo Carlesse. A PF fez buscas na residência do governador Mauro Carlesse e no Palácio Araguaia. Outros secretários são investigados.
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