Píndaro e as eleições no Tocantins

As eleições estão chegando. Os três meses que antecedem as eleições, para uns serão uma eternidade, mas para o eleitor, passará muito rápido.

 

O dia 5 de outubro significa uma nova oportunidade que o regime democrático, ainda em consolidação, dará ao eleitor para criar juízo e votar bem. Ao contrário do que diz o ditado popular de que “o cavalo passa ariado na frente de uma pessoa apena uma vez”, no sistema democrático o “cavalo passa arriado” na frente do eleitor a cada dois anos, sempre dando-lhe uma nova chance para escolher bem seus representantes.

 

PÍNDARO foi um poeta grego que viveu entre os anos de 522 A.C. a 443 A.C. O que ele tem a ver com as eleições no Tocantins em 2014?  PÍNDARO dizia que “acaba em prejuízo a vantagem conseguida com desonestidade”.

 

As eleições ocorridas há 4 anos atrás demonstram a verdade crucial dessa afirmação. Eleitor, onde estão aqueles que conseguiram vantagem com desonestidade nas eleições ocorridas em 2010? Pergunto aos meus colegas advogados que militam no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, onde estão aqueles magistrados que conseguiram vantagem com desonestidade em 2010?

 

O poeta grego, PÍNDARO, teve a felicidade de elaborar essa assertiva, repetindo, em um único pensamento, inúmeras orientações dadas pelo rei SALOMÃO em seu famoso livro bíblico de PROVÉRBIOS.

 

A Constituição Federal, o Código Eleitoral, a Lei da Ficha Limpa e as inúmeras legislações que tratam do direito eleitoral estão, em linguagem jurídica, reiterando o que já dizia PÍNDARO: “acaba em prejuízo a vantagem conseguida com desonestidade”.

 

A vida nos ensina a mesma coisa: “acaba em prejuízo a vantagem conseguida com desonestidade”.

 

Essa verdade alcança a todos: candidatos, eleitores e magistrados.

 

É isso.

 

Marcelo Cordeiro é advogado, pós-graduado em administração pública, mestrando em Direito Constitucional pelo IDP, ex-juiz do TRE/TO. Escreve todas as segundas na coluna Falando de Direito.

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