A força da educação na campanha

...

Diz o ditado popular que quando um projeto dá certo, todo mundo quer ser o pai. Foi assim com a campanha vitoriosa de Marcelo Miranda. Depois dos votos contados, eu mesma ouvi pelo menos três "pais da criança", baterem no peito para dizer que o sucesso da mobilização popular havia sido mérito seu.Não foi bem assim.

O movimento de mulheres, liderados por Dulce Miranda, as frentes de caminhadas (com a majoritária dividida em regiões distintas do estado) somados ao grande movimento dos servidores na rua pedindo votos é que criou o clima de que era possível uma vitória.

Uma coisa, no entanto, é indiscutível para quem acompanhou a campanha da Aliança Vitória: a força dos servidores da educação. Dorinha Seabra Rezende, secretária da educação poderia ter disputado uma cadeira na camara federal, afinal já tem base formada para tanto. Mas preferiu ficar nos bastidores da campanha que reelegeu o governador. E mobilizados por ela e sua equipe, os servidores da educação fizeram a diferença na campanha.

Quem acompanhou se lembra de um fato inédito, que mostra a organização e a capacidade de mobilização da categoria: num só dia, na mesma hora, 11 caminhadas ao mesmo tempo em diversas cidades do estado.Professores, diretores, servidores da área administrativa, na rua pedindo votos tiveram uma força inquestionável.

Eu não duvido de que o momento agora é outro. A eleição acontece no âmbito do município, e não do estado. A candidata do grupo governista é Nilmar. O apoio de Marcelo e Dulce Miranda pesa muito na conquista do voto.Mas eleição só se ganha no dia, e todo voto é um vínculo pessoal entre o candidato e o eleitor.

Ontem,quinta-feira, 07, os educadores ligados à rede estadual entraram de vez na campanha de Nilmar. Dorinha subiu no palanque em duas reuniões, uma no início da noite, e outra depois do adesivaço da Praça dos Girassóis, para pedir votos para Nilmar. Sua postura discreta e não impositiva ajuda muito a conquistar o voto e mais que ele, o apoio. Até por que, voto não vem por imposição. E ela sabe.

 

Comentários (0)