Cheque moradia em papel ofício e outras improbidades que passaram pela Habitação

O deputado Eduardo do Dertins, dono da cota da Habitação no governo que terminou em 31 de dezembro do ano passado, terá muito a explicar nos próximos dias sobre atos ocorridos durante sua gestão à frente da pasta. Sucedido por um aliado seu no períod...

Fonte do Site Roberta Tum trouxe à redação uma informação inquietante para se somar com aquelas dadas há cerca de uma semana pelo secretário da Habitação, Igor Avelino. Cheques moradia cuja emissão obedece à normas e procedimentos, foram emitidos descontroladamente e em papel ofício, ao invés de papel moeda sob a batuta dos antecessores de Igor, que são dois: Eduardo do Dertins e Márcio Spíndola, que sucedeu o deputado na pasta.

Sobre as declarações de Igor, apontando irregularidades no uso de recursos e a concessão de cheque a assessor do deputado, Dertins negou conhecimento do assunto. Há fatos, no entanto, que não podem ter passado sem que o gestor notasse e estes requerem explicação.

A suspeita da troca por voto

Nas contas feitas por de Igor Avelino, ultrapassa a marca de R$ 8 milhões de reais os cheques emitidos sem processo, sem assinatura do beneficiário, sem que se saiba exatamente nas mãos de quem foram parar.

É evidente que o deputado e ex-secretário, tem a prerrogativa de apresentar suas explicações. Até por que as suspeitas, fundamentadas em documentos (e na falta de outros deles), são graves. Cheque Moradia pode ter virado objeto de troca por apoio político, que no final das contas pode caracterizar aquilo que no Rced, todo leigo passou a conhecer como “abuso de poder político". E a obrigação dos ex-gestores é prestarem contas dos seus atos públicos, tomados envolvendo recursos públicos.

O sonho da casa própria, acalentado por tanta gente necessitada e trabalhadora pode ter ido parar num balcão de interesses espúrios. Tudo isso com os recursos que são meus, seus, nossos. Para financiar o projeto de poder de quem? É a pergunta que resta. Mais um caso para o Ministério Público investigar, elucidar e para a justiça punir. Doa a quem doer.

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