Com que provas vamos prender os corruptos desta eleição?

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Está aberto o mercado de compra e venda do voto em Palmas. A partir de segunda-feira, primeiro de setembro, ele vai ficar cada vez mais evidente, com a verdadeira multidão de cabos eleitorais pagos que aparecerão nas ruas, mas não estarão nas prestações de contas dos candidatos, apresentadas aos órgãos de fiscalização.

Por mais dura que esteja a legislação, no sentido de coibir a compra (e a venda) do voto, ainda é preciso provar o crime, para chegar ao bandido. A palavra é forte, mas não consigo imaginar outra para definir alguém que subverte o verdadeiro sentido de fazer política, para transformar campanhas e mandatos em jogos de quem pode mais, e de quem paga mais.

As eleições, na forma como são realizadas no interior do Brasil desestimula à participação, cidadãos de todas as idades que têm um pouco de ideal no coração, e vontade de transformar a vida coletiva em algo melhor, mais justo para todas as pessoas. Inúmeras coisas podem ser feitas pelo bem comum, de posse de um mandato popular.

Há maravilhas que podem ser feitas quando várias pessoas honestas, com senso de retidão, com interesse no bem estar comum, se sentam para definir o destino de uma comunidade na saúde, na educação, na segurança, três áreas que afetam todos nós.

Acordei neste domingo, véspera do recrudescimento do processo eleitoral, com esta pergunta fixa na mente: com que provas vamos prender os corruptos desta eleição em Palmas? Penso que será com as provas que conseguirmos, nós mesmos, cidadãos comuns fora do processo da compra (por que não somos candidatos a nada) e da venda (por que somos contrários à prática da venda do voto), conseguirmos obter.

 Por isso, quero conclamar as pessoas que têm preocupação com o tipo de prefeito e vereadores que teremos a partir de janeiro do ano que vem, a se tornarem verdadeiros guardiões da lisura destas eleições em Palmas.

Vamos para a rua com celulares - modernos gravadores e máquinas fotográficas -  e vamos produzir as provas de que precisamos para tirar esta gente desonesta e sem escrúpulos da política. Eu também concordo com o que disse minha amiga Fátima Roriz, no I Fórum Fé e Política de Palmas: "a política deve ser um meio de levar o bem comum à maiorquantidade possível de pessoas". E nunca, jamais, a política deve ser o instrumento do enriquecimento de alguns bandidos sem alma, sem compromisso, e sem coração.

Roberta Tum

roberta@blogdatum.com

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