De volta ao batente, Assembléia está sob os olhares da sociedade na discussão do Orçamento 2011

A Assembléia Legislativa retoma hoje seus trabalhos em sessão ordinária numa semana em que a Casa deve se ocupar com a análise e apresentação de emendas na pauta dos deputados de oposição. Entrando praticamente na última semana de março, a necessidad...

Os olhares estão voltados nesta terça-feira, 22, novamente para a Assembléia Legislativa. O ambiente entre segmentos organizados da sociedade, imprensa e líderes é de absoluto cansaço quanto aos discursos que têm se repetido em plenário. De um lado a bancada de oposição insistindo em que o governo tem orçamento, 1/12 avos por mês da proposta original. De outro os porta-vozes do governo reafirmando que não, não é possível trabalhar com recursos parcelados para viabilizar convênios, aquisições, licitações.

Seja como for, a situação atípica que vive o Tocantins, deve estar perto de acabar. Semana passada o presidente, deputado Raimundo Moreira, clamou pelo bom senso dos pares fazendo uma sessão “pé de ouvido”, um a um, na quarta-feira à noite.

Nesta terça-feira, 22, a secretária executiva da Seplan, Vanda Paiva, à pedido do líder do governo, estará à disposição dos deputados para responder quaisquer dúvidas e perguntas sobre a peça orçamentária, cujo valor é praticamente o mesmo do anterior, protocolado pelo ex-governador, após as eleições (naquele protocolo manual questionado por ter uma data antes, e outra depois no protocolo eletrônico).

Mudanças são óbvias e necessárias

O que o novo governo fez, foi alterar a dotação. É óbvio que teria que fazê-lo por dois motivos: primeiro, por que mudou a estrutura; segundo por que quem sabe onde vai precisar do recurso é quem vai administrar, e não quem perdeu a eleição.

O que não pode é a esta altura do campeonato, como diz o matuto, procurar motivos que não existem, para protelar a aprovação da matéria. O custo deste jogo é alto não só para a bancada de oposição, mas para toda a Casa.

Vejam o caso da verba destinada para Comunicação. Qual é a condição moral do grupo que gastou R$ 42 milhões ano passado com verbas publicitárias, somando-se pagamentos efetivos, folha e investimentos, em reclamar de um orçamento de R$ 30,5 mi? Ainda mais tendo deixado uma dívida de R$ 16 milhões, atestado de uma gestão desenfreada na área nos últimos anos (aí fica claro que não se trata do um ano e meio do mandato tampão, mas tudo que se acumulou por lá sem pagamento ao longo dos últimos oito anos).

Vamos ver em torno de que questão os deputados vão movimentar seu debate esta semana: se atrás das picuinhas advindas da disputa político partidária ou se realmente a Assembléia vai mostrar diante da sociedade independência, sim, mas amadurecimento para dar a partida necessária para que a máquina pública começe de verdade a funcionar.

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