Sempre achei que três obrigações básicas do Estado, independente de governo, não devem ser privatizadas: saúde, segurança e educação. O resto se discute. A tendência do novo governo, ao que parece, é outra: transferir a gestão dos hospitais públicos para entidade filantrópica (que começou a sofrer questionamentos logo que a proposta foi ventilada) e privatizar o presídio de Barra da Grota.
É evidente que a Saúde é o maior calcanhar de Aquiles enfrentado por todos os governos que precederam a eleição de Siqueira Campos. O sistema, é sabido, não funciona por diversos motivos. Falava-se muito na sobrecarga provocada por pacientes advindos de outros estados. Levantamento em mãos do secretário de Planejamento, Eduardo Siqueira desde o período da transição mostra que esta realidade vem mudando. Tocantinenses cada vez mais estão buscando atendimento em estados limítrofes aos nossos e não só em Goiás, como era a tradição.
Arrumando a casa e chamando os reservas
Independente desta discussão sobre privatizar ou não o quê – é preciso aprofundá-la diante de dados concretos – o governo do Estado deve dar um passo à frente na organização de pessoal da Saúde com a chamada dos servidores do quadro reserva. Pelo menos esta é a promessa feita durante entrevistas coletivas desde o anúncio dos secretários. Nas últimas edições do diário oficial começaram a aparecer as nomeações do quadro de servidores em comissão, para direção e coordenações. Os contratos temporários também já começaram a ser celebrados.
O que estava faltando era fazer a modulação, que cria os novos cargos a serem ocupados pelos concursados do certame ainda em vigor e fazer sua distribuição nas estruturas de hospitais de referência do Estado. Não falta mais. Desde sexta-feira, 25, o levantamento está pronto. Segundo informações de fontes extra-oficiais do Site Roberta Tum, a necessidade de preenchimento destes cargos ultrapassa a marca de mil cargos.
Espera-se para esta quarta-feira o anúncio oficial sobre quantos serão chamados, quando e de que forma. Aproveitar os que já prestaram concurso e aguardam pacientemente por isto é uma decisão positiva do atual governo, e impessoal. Sem dúvida, um passo à frente.
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