Empresário tocantinense aguarda esclarecimentos para sair da prisão no Paraguai

Ele nega ter participado da confecção dos passaportes e identidades falsas e teria dito à polícia que foi apenas intermediário do caso, com a função de levar os documentos ao Brasil.

Wilmondes Lira
Descrição: Wilmondes Lira Crédito: MP do Paraguai

O empresário tocantinense Wilmondes Sousa Lira, 45 anos, radicado em Brasília há pelo menos uma década, permanece preso no Paraguai, até onde se sabe equivocadamente, e aguarda esclarecimentos para ser liberado. Ele foi preso no caso que envolve o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, também ex-futebolista Roberto de Assis Moreira, detidos naquele país após serem pegos com passaportes falsos. Eles foram presos no último dia 4 no hotel Yacht y Golf Club, na região metropolitana de Assunção.

 

O nome de Wilmondes apareceu no caso após uma declaração do diretor de investigação da Polícia Nacional do Paraguai, Gilberto Fleitas, segundo reportagem publicada no site do Globo Esporte. “Eles estavam em uma mesa jantando e disseram que quem facilitou foi o brasileiro Wilmondes Sousa Lira, que é de Brasília, que é conhecido pelos brasileiros”, disse o policial. Segundo a defesa dos irmãos, teria sido ele (Wilmondes) o principal responsável pela entrega dos documentos falsificados.

 

Entretanto, Wilmondes nega ter participado da confecção dos passaportes e identidades falsas. Ele teria dito à polícia que foi apenas intermediário do caso, com a função de levar os documentos ao Brasil. Segundo ele, a documentação foi solicitada por alguém ligado a Ronaldinho e seu irmão, Assis.

 

Segundo apurou o Globo Esporte, Wilmondes é registrado na Receita Federal como dono ou sócio proprietário de três empresas de ramos distintos no Brasil: W & P Serviços de Limpeza e Comércio (ou Multserv, que oferece serviços de limpeza em prédios e domicílios), Global Assessoria e Soluções em Seguros (empresa seguradora de seguros de vida) e W.S. Lira Apoio Administrativo (ou Khronos Enterprise, que oferece serviços de transporte de passageiros e locação de veículos com motorista).

 

Somados, o capital social das três empresas, segundo a atualização mais recente da Receita, é de R$ 449,8 mil reais. Delas, apenas a Multserv, localizada em Palmas, no Tocantins, encontra-se com situação inapta junto ao órgão, pela "omissão de declarações". Wilmondes também figura na lista de devedores ativos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com duas dívidas tributárias com valor somado de R$ 41,4 mil.

 

Pouco se sabe até o momento sobre a proximidade entre Wilmondes e Ronaldinho Gaúcho. Ao que tudo indica, eles nunca foram próximos, e a relação repentina estaria ligada à empresária paraguaia Dalia López, presidente da Fundação Fraternidade Angelical, ONG responsável por um dos eventos que levou o ex-jogador ao Paraguai.

 

Segundo a matéria do Globo Esporte, Dalia seria amiga de Paula Oliveira Lira, esposa de Wilmondes. Em uma entrevista recente à revista "Caras", da Argentina, a paraguaia cita Paula como uma das grandes incentivadoras de sua ONG.

 

Dalia foi processada por produção e uso de documentos públicos com conteúdo falso e associação criminosa. Ela deve se apresentar à Justiça no próximo dia 18 quando saberá se terá sua prisão preventiva decretada. Até agora 14 pessoas já foram processadas no caso, segundo matéria no Portal Uol.

 

Esclarecimentos

 

Ainda, conforme a reportagem do Uol, o Ministério Público paraguaio deve ouvir, nesta quinta-feira, 12, dois profissionais que trabalham no trâmite para estrangeiros obterem identidade, naturalização e passaporte paraguaio apontados como responsáveis pelos documentos falsos.  Os dois foram acusados pela empresária Dalia López.

 

Anteriormente, o empresário Wilmondes Sousa Lira  também teria acusado DaliaLópez pelos documentos adulterados.

 

 

 

 

 

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