Há recursos. Temos projetos?!

O engenheiro civil e secretário das Cidades do Tocantins, Ronaldo Dimas apresenta em seu artigo uma realidade pouco observada, existem recursos para urbanização de municípios em ações como pavimentação, drenagem, calçadas, equipamentos de lazer, conf...

Em visita recente a Brasília, apresentamos as principais demandas das cidades tocantinenses, buscando apoio para incluir o Tocantins nos diversos programas do Governo Federal, via Ministério das Cidades. Estamos animados com as possibilidades de investimentos.

Há garantia de apoio técnico e de recursos para urbanização de municípios em ações como pavimentação, drenagem, calçadas, equipamentos de lazer, conforto urbano, além da busca de soluções para problemas estruturais como esgotamento sanitário e tratamento de resíduos sólidos (lixo) através de aterros e/ou usinas. Precisamos acabar com os lixões a céu aberto.

Constatamos que os recursos existem. Mas faltam projetos viáveis do Tocantins registrados nos programas e projetos de apoio técnico e financeiro do Ministério das Cidades. É como se o Tocantins não precisasse de apoio federal nesta área. Isso nos preocupa muito. Sem projetos, não haverá investimentos.

O Governo Federal tem metas, assim como nós temos. E há evidente boa disposição em ajudar o Estado, além de grande sensibilidade e receptividade dos técnicos para as nossas necessidades. Estamos diante de uma nova fase na relação Estado/Ministério e outras entidades do Governo Federal. Com o apoio da bancada federal vamos inaugurar uma nova etapa na vida do Tocantins.

A Secretaria das Cidades está empenhada na elaboração de projetos, a partir do levantamento das necessidades dos municípios. A meta é viabilizar benefícios a todos os municípios, observando as peculiaridades de cada região. Isso depende das ações e parcerias que empreendermos agora. Precisamos agilizar a elaboração dos projetos básicos para cadastrá-los o mais rápido possível no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV, com abertura prevista para o início de abril.

Para a elaboração dos projetos, duas coisas são fundamentais: 1 ) parcerias claras e produtivas com os prefeitos, o que já estamos desenvolvendo com o apoio da Associação Tocantinense dos Municípios – ATM; 2) orçamento para levantamentos, deslocamentos de equipes e eventuais contratações de técnicos. No que diz respeito a Orçamento, infelizmente, ainda dependemos de boa vontade política no Legislativo.

Neste sentido, precisamos refletir sobre a necessidade do estreitamento das relações políticas, sem o ranço das posições radicais ideológicas e partidárias. Especificamente nesse ponto e em outros níveis das políticas de cunho legislativo e administrativo, os gestores e legisladores municipais podem e muito ajudar. Ou será que o Tocantins continuará, agora por falta de Orçamento, sem projetos?

Ronaldo Dimas é engenheiro civil e secretário das Cidades do Tocantins

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