O vereador reeleito Ivory, do PT, passou apertado. Assim como outros vereadores antigos na Câmara Municipal, deixou para comemorar no final a vitória e a manutenção da vaga. Mas o que antes era certo deixou de ser depois de tantos embates registrados entre candidatos a vereador na véspera da eleição.
Assim, rodou o acordo pré-firmado para que o PSB tivesse a presidência garantida. E antes que os governistas (do Palácio Araguaia) se articulassem em favor de unir os sete vereadores eleitos pela oposição a Raul em torno de um nome ligado ao governo estadual, Ivory vem articulando seu nome para ocupar o vácuo.
Valdemar Jr. é lembrado. Foi o mais bem votado, e preside a primeira sessão, que dá posse ao prefeito reeleito, Raul Filho. Daí em diante são outros quinhentos. A expectativa nos bastidores palacianos é que Valdemar Jr. assumisse a frente da bancada de oposição ao prefeito. Até pela ligação visceral e apoio inconteste que recebeu durante a campanha. Resta saber se o radialista terá disposição (ou perfil) para exercer este papel.
Fernando Rezende, que foi um dos mais combativos no período eleitoral, também começou a correr atrás da vaga. Nem que fosse para desarticular qualquer possibilidade de ver um desafeto seu sentado na mesa, na cadeira de presidente. Amealhou algumas promessas de voto, mas por enquanto nada definitivo.
Ivory, próximo do prefeito por laços inquebrantáveis está trabalhando nos bastidores. Pode garantir além da base petista, o apoio do vereador Carlos Braga, atual presidente, de quem também é próximo. A verdade é que a disputa pela presidência da Câmara Municipal de Palmas já começou. Ela passa pela distribuição de cargos, acordos e vantagens. Aliás, como sempre foi.
Mas passa também pela capacidade de articular votos dos adversários,montar uma bela composição da mesa e dividir o bolo das benesses de forma equilibrada.
Roberta Tum
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