Ministro Mandetta diz é momento de cuidar dos idosos por estarem em grupo de risco

Segundo o gestor, é preciso evitar o contato físico com as pessoas e manter distância de dois metros em qualquer situação.

Crédito: Marcelo Camargo - Agência Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu na tarde desta terça-feira, 17, durante entrevista coletiva, que os brasileiros dediquem mais atenção e cuidados especiais aos idosos. ”Cuidem dos idosos, é preciso muita atenção. O momento é de proteção, de evitar que os idosos gripem”, alertou. A primeira morte provocada pelo novo coronavírus, em São Paulo, divulgada nesta terça-feira, 17, foi de um homem de 62 anos, que estava internado em um hospital particular da capital paulista. Ele teria diabetes e hipertensão, doenças crônicas que potencializam o risco de morte entre idosos.

 

Segundo Mandetta, as pessoas idosas merecem maior atenção neste período de pandemia do novo coronavírus. “Na Inglaterra, essa atenção vem sendo mantida e nos serve de exemplo. É preciso evitar o contato físico com as pessoas e manter distância de dois metros em qualquer situação”, completou, acrescentando que as crianças também devem ser mantidas longe dos idosos, por serem assintomáticas. “Todos os avôs querem abraçar seus netinhos, mas deve ser evitado”, lembrou.

 

O ministro Mandetta lembrou ainda que se criem grupos de pessoas voluntárias, para ajudar a cuidar dos idosos, em especial nos asilos. Os idosos também devem evitar frequentar unidades de saúde e locais públicos e aqueles que precisam constantemente de medicamentos, estes devem ser aviados para um período de até seis meses.

 

Os cuidados com idosos devem ser reforçados, uma vez que é um público mais suscetível à uma atuação mais aguda dos sintomas do novo vírus. Os pacientes que oferecem maior risco estão na faixa etária acima dos 60 anos, bem como aqueles que apresentam comorbidades, ou seja, a associação de mais doenças, como Diabetes.

 

Nos casos em que os sintomas se apresentarem mais brandos, a recomendação será a recuperação e o isolamento domiciliar, uma vez que o quadro se assemelha à uma gripe comum, no entanto, quando os sintomas se apresentam de forma aguda, causando dificuldades na respiração, como uma crise de asma, o uso de ventiladores mecânicos para auxiliar na respiração do paciente se torna imprescindível.

 

No Tocantins, para esses casos que necessitarem de acompanhamento hospitalar, o Estado preparou 14 leitos isolados na unidade de internação e outros três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP).

 

Orientações do Ministério da Saúde

 

Como forma de orientação nesta nova etapa de contágio do covid-19, o Ministério da Saúde divulgou ao fim do dia uma série de orientações à população, que deverão ser adaptadas pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade local. Com base na evolução dos casos no Brasil até o momento, estima-se que, sem a adoção das medidas propostas pela pasta para prevenção, o número de casos da doença dobre a cada três dias.

 

Atitudes adotadas no dia a dia, como lavar as mãos e evitar aglomerações, reduzem o contágio pelo Covid-19. O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social, o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus, que é alta se comparado a outros coronavírus do passado.

 

Há ainda a orientação que propõe o reforço da prevenção individual com a etiqueta respiratória (como cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir e espirrar), o isolamento domiciliar ou hospitalar de pessoas com sintomas da doença por até 14 dias, além da recomendação para que pacientes com casos leves procurem os postos de saúde.

 

Os vírus respiratórios se espalham pelo contato, por isso a importância da prática da higiene frequente, a desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares, brinquedos, maçanetas e corrimão, são indispensáveis para a proteção contra o vírus. Até mesmo a forma de cumprimentar o outro deve mudar, evitando abraços, apertos de mãos e beijos no rosto. Essas são as maneiras mais importantes pelas quais as pessoas podem proteger a si e sua família de doenças respiratórias, incluindo o Covid-19.

 

Vacina contra gripe

 

A vacina contra a gripe também é recomendada e a Campanha Nacional de Vacinação terá início no dia 23 de março, quando idosos e profissionais de saúde terão prioridade para se vacinarem. A vacina contra a influenza garante proteção para três tipos de vírus (H1N1, H3N2 e Influenza B). Mesmo que a vacina não apresente eficácia contra covid-19, é uma forma de prevenção para outros vírus, ajudando a reduzir a demanda de pacientes com sintomas respiratórios e acelerarem o diagnóstico para o novo coronavírus.

 

Medidas de prevenção

 

Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão, e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las. Além do sabão, outro produto indicado para higienizar as mãos é o álcool gel, que também serve para limpar objetos como telefones, teclados, cadeiras, maçanetas, etc.

 

Para a limpeza doméstica recomenda-se a utilização dos produtos usuais, dando preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies. Utilizar lenço descartável para higiene nasal é outra medida de prevenção importante.

 

Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Também é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas. Além disso, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com covid-19.

 

 

 

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