Paulo Sidney: "Quero ser candidato a governador e a mais nada"

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Em começo de ano as pré-campanhas nas diversas frentes políticas no Estado estão na pauta do dia nas rodas políticas da Capital. No centro desta discussão está o vice-governador Paulo Sidney Antunes, PPS, por quem obrigatoriamente passa o processo sucessório no Tocantins. Sidney estará sentado na cadeira de governador no segundo semestre de 2010, quando o governador Marcelo Miranda terá que se desincompatibilizar para disputar vaga ao senado. A posição de governador dará a Paulo Sidney a caneta e a prerrogativa de ser candidato. Ele não nega o desejo de postular a vaga e avisa: "Eu pretendo ser candidato a governador, e a mais nada". Confira abaixo entrevista exclusiva concedida na manhã desta terça-feira, 06 ao Blog da Tum:

Dr. Paulo, quais as suas expectativas diante do quadro nacional que pode impor regionalmente alianças aos partidos?

Paulo Sidney - Estou na expectativa, assim como os outros. Ninguém sabe de fato o que acontecerá. Aqui no estado de uma maneira geral o PPS não se alia ao PSDB, não junta. Não por causa do partido, mas em função das pessoas. No plano nacional o PSDB é uma aliança interessante, até por que o PSDB e o PPS são dois partidos que pertencem à social democracia. Mas vamos ver o que acontece. Pode não haver o alinhamento, pode haver a janela que permitirá a mudança de partidos, enfim...

Permanecendo o quadro atual, qual a sua preferência para uma aliança no Tocantins?

Paulo Sidney - Aí é preciso consultar o partido. Pessoalmente eu penso que com o PMDB e o PT.

Mas nacionalmente seu partido é adversário do PT...

Paulo Sidney - É de oposição, mas isso já mudou muito. Havendo a janela a tendência é de que muitos políticos migrem do PPS para a base aliada, e também do DEM. Por isso é que os partidos não querem a janela. Na hora de uma aliança, a questão ideológica conta muito. Pelo menos para quem faz política por idéias, que é o que me motiva, é o que eu acredito. Se não for assim, vira um comércio, uma questão de poder.

Mas já não virou?

Paulo Sidney -  Virou. Mas quem lidera tem que ter posição, saber para que rumo avançar. Se não fica uma coisa muito assim: "Se me interessa ser governador, vou fazer minhas alianças para isso". Não é assim, não pode ser assim, você precisa defender uma causa.

Falando deste assunto, a aliança PT e UT no Tocantins não é um exemplo disso? essa junção, para 2010 não criaria uma chapa andrógina?

Paulo Sidney - É... o que está levando a isso aqui, é a questão nacional. Agora eu pergunto, estes líderes que se juntam hoje ao PT defendiam as posturas políticas do PT lá atrás? não. Então é uma questão de poder.

Dr. Paulo, independente do que aconteça nacionalmente quanto às regras partidárias, o senhor está no centro desta sucessão. Como o senhor se coloca neste quadro?

Paulo Sidney - Eu pretendo ser candidato a governador. Não pretendo ser candidato a mais nada. Eu já disputei oito mandatos, e nunca me impus como candidato. Quero ser candidato a governador, desde que isto seja viável para os partidos e viável eleitoralmente. Há uma pretensão, nunca neguei isso, mas não estou impondo meu nome.

O que é ser um candidato viável?

Paulo Sidney - É ser considerado uma boa opção pelos partidos, lógico tem que se fazer consultas.Quem define os candidatos são os partidos, quem define o eleito é o povo.

O senhor não acha que pesquisa quantitativa é um instrumento muito frágil?

Paulo Sidney - É muito frágil. A pré eleitoral ainda mais, até por que não é um indicativo definitivo. Basta ver a nossa campanha, que quando começou o Siqueira tinha 60% e o Marcelo 18%.

Diante de tudo o que ocorreu nas eleições passadas, e da sua postura de buscar uma aliança com PT e PMDB, o senhor acha que é possível fazer esta ponte de volta para unir o governador, o senhor e o PT?

Paulo Sidney - Olha, eu serei candidato com o apoio do governo. O DEM é um grande aliado do governo. Eu gostaria de ter o apoio do DEM também. Eu preciso do apoio de todos, agora a decisão é deles. Eu peço voto para todo mundo. O que eu acho é que é muito importante a aliança com o PT.

Roberta Tum

roberta@blogdatum.com

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