Dorinha está de olho nas resoluções eleitorais para 2020: candidaturas femininas

Deputada federal destaca agenda pela manutenção das cotas de gênero nos partidos como um mecanismo de correção de uma desigualdade histórica

Crédito: Divulgação

Na manhã desta terça-feira, 10, a deputada professora Dorinha (DEM) se reuniu com lideranças femininas nacionais dos partidos políticos durante reunião promovida pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres. A audiência teve foco nas estratégias para o engajamento feminino em candidaturas para as eleições de 2020.

 

Durante o evento, Dorinha destacou a agenda pela manutenção das cotas de gênero nos partidos como um mecanismo de correção de uma desigualdade histórica. "Existem segmentos muito importantes da nossa sociedade que ainda não alcançaram representatividade.  Estou no meu terceiro mandato como deputada federal. Então não falo por mim, me posiciono porque nós, que somos detentoras de mandato, precisamos dar voz às mulheres indígenas, quilombolas e tantas  outras, fazendo da política um ambiente de identificação e representatividade legítima".
 

Sobre a destinação mínima de 30% do fundo partidário para financiar campanhas de mulheres, a parlamentar que está à frente da Secretaria da Mulher na Câmara, avisou que está acompanhando as resoluções da próxima eleição, que estão em fase consolidação, para garantir que o argumento da autonomia partidária não seja um empecilho ao avanço de candidaturas femininas.
 

“Queremos acompanhar, fiscalizar e sugerir a melhor forma de aplicação dos recursos. A questão ainda se centraliza na autonomia partidária. Mas até onde a autonomia partidária pode tirar nossos direitos? Estamos tratando disso com os ministros do TSE. A autonomia não pode ser desculpa para os partidos direcionarem os recursos para onde bem entenderem”, destacou.


Dorinha, que também coordena da Bancada Feminina e preside a sigla nacional do Mulher Democratas deu ênfase a intensa campanha de filiação que o partido encabeça com o mote “está faltando elas”. “Precisamos da voz da mulher em todos os nossos municípios, em diferentes espaços políticos, sem nenhum tipo de carimbo, não é a mulher no social, não é a mulher em nenhum gueto, é, simplesmente a mulher”, finalizou.  
 

Atualmente, a Câmara Federal conta com apenas uma deputada indígena,  Joenia Wapichana, da REDE -  primeira deputada federal indígena da história do Brasil.  Entre as 77 deputadas federais, se declaram pretas Áurea Carolina(PSOL), Benedita da Silva (PT), Rosângela Gomes (Republicanos), Silvia Cristina (PDT) e Talíria Petrone (PSOL). Dentre as 13 mulheres eleitas para o Senado, nenhuma se declara preta ou indígena.  
 

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, o Brasil ocupa a 152ª posição no ranking de representatividade feminina na Câmara dos Deputados, ficando atrás de países como Senegal, Etiópia e Equador.
 

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