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O projeto Damares, deputada federal pelo PTB do... Tocantins

Ministra Damares Alves
Descrição: Ministra Damares Alves Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ela nasceu no Paraná - onde a bancada tem 30 deputados federais e o mais bem votado em 2018 superou a marca dos 123 mil votos. Morou na Bahia, em Sergipe e em Alagoas quando criança, acompanhando o pai, pastor da Igreja Quadrangular, que fundou (segundo a Wikipédia) mais de 100 templos pelo Brasil a fora.

 

Damares Alves, pastora, advogada com a OAB suspensa, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, cogita ser candidata a deputada federal. Um acerto de cúpula vazado pela CNN Brasil, teria sido feito para lançá-la candidata pelo Tocantins.

 

O partido? O PTB, recém retirado sem muita explicação, do comando do presidente da Assembleia, deputado Antonio Andrade, para ser entregue ao empresário e pastor Alex Kawano.

 

O plano é nacional e visa eleger uma bancada evangélica forte e diversos estados da federação. Figuras públicas com algo em comum: a defesa do presidente Jair Bolsonaro.

 

Para se eleger pelo Tocantins, a ministra Damares precisará de uma legenda de 90 mil votos. E nela, de ser a mais votada entre seus pares, candidatos a deputado federal pela legenda.

 

O projeto inclui que o partido – instalado em cerca de 70 municípios – chame seus líderes e os convença a apoiar a ministra. Logico, com todos os bônus que uma candidatura desse porte pode oferecer.

 

É um mandato que interessa ao presidente Jair Bolsonaro e à bancada evangélica.

 

A simples divulgação desta intenção, semana passada, já acendeu o alerta entre políticos interessados na mesma vaga: o Tocantins tem oito deputados federais. Bancada pequena se comparada a outros estados da federação. Uma eleição cara e disputadíssima, que quase deixa de fora na última campanha, nomes com raízes fortes no Estado.

 

Atualmente, o PTB não tem um representante na bancada federal tocantinense. Nas redes, o repúdio é grande a esta “candidatura de aluguel”, justamente por Damares não ter qualquer vínculo com o Tocantins.

 

Em outros tempos, outros “paraquedistas” já caíram por aqui, cavando mandatos, sem, no entanto, conseguir repetir a proeza. Mas eram outros tempos. Agora, resta acompanhar como o eleitorado vai reagir ao projeto Damares, e como no interior, os atuais deputados e seus colégios reagirão a esta tentativa de apropriação de um mandato popular.

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