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Sim, nós temos governo: ponte de Porto e outras ações estão aí para provar

Governador Carlesse marcou dois gols de placa semana passada. A assinatura do empréstimo para a ponte de Porto e o desbloqueio das operações financeiras com a Caixa...

Governador do Tocantins, Mauro Carlesse.
Descrição: Governador do Tocantins, Mauro Carlesse. Crédito: Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins

Se tem uma coisa que o Tocantins não vive mais desde Mauro Carlesse, é vácuo de poder. Duas notícias da última semana, deixaram isso bem claro em fatos, difíceis de se combater.

 

O primeiro, foi que a ponte de Porto Nacional, cuja fundação já foi iniciada, vai deixar de ser lenda no imaginário da população. Caminhava para isto, depois de tantas promessas e entraves burocráticos e financeiros. 

 

É uma obra monstruosa. Pelo tamanho e porte da ponte, e pelo valor dos recursos necessários para construí-la. Mas o volume não assustou o governo, ou o governador.

 

A briga começou lá atrás, pelos recursos. Viabilizada pelo Banco de Brasília – BRB - em empréstimo assinado semana passada (dia 15), a obra - que já foi iniciada com fonte 00, num ato de coragem do governador – vai custar mais de R$ 150 milhões.  

 

A obra é novo marco histórico para Porto e região. Assim como a primeira representou uma interligação histórica lá nos idos de 1976 a 1979 quando foi construída.

 

Uma coisa que não falta a Carlesse é determinação. O que nos bastidores alguns chamam de teimosia.

 

Com a Assembleia Legislativa pacificada – sob comando do portuense Antonio Andrade -  e maioria absoluta (exceção ao deputado Júnior Geo), o governador não tem a menor dificuldade em aprovar o que precisa na Casa.

 

A bancada federal é capítulo à parte, uma vez que lá a queda de braço continua. Liderada pela senadora Kátia Abreu, que de aliada do governador, passou a opositora (vide a crise da semana passada envolvendo a Faet, dirigida por Paulo Carneiro com farpas trocadas de lado a lado), a bancada se impõe. 

 

Mas, por outro lado, o governador não cede. Governa preferencialmente com os parlamentares mais ligados a ele. E conta com o braço forte do senador Eduardo Gomes, líder do presidente no Congresso.

 

No quesito impor a vontade, Carlesse tem ganhando algumas quedas de braço, como foi o caso da distribuição de ônibus escolares e máquinas aos municípios. Embora os recursos sejam da bancada, o governo se impôs na hora de distribuir. “É o governo que organiza isso. O governador desde cedo bateu o pé e não abriu mão”, confidenciou uma fonte ao Blog.

 

Teimosia? excesso de autoridade? cada um classifica de uma maneira. Se isso vai render desafetos prejudiciais ao projeto político do governador lá na frente, ainda não se sabe. 

 

Mas o certo, voltando ao início, é que o Tocantins viveu muitos anos no ostracismo do “administrador de folha”. Sem dinheiro para nada. Pagando o custo da dívida e esperando a maré virar. Aquele clima não existe mais. A arrecadação interna sobe, e obras físicas, como o Hospital de Gurupi, além das obras viárias, seguem seu curso.

 

Agora, hay gobierno. E goste-se ou não do estilo, é um governo que avança.

 

Criticado por uns, mas aplaudido pela maioria, segue rompendo. 

 

Na mesma semana que assinou com o Banco o empréstimo da ponte de Porto, o governo logrou uma vitória no STJ, para que a Caixa volte a realizar operações de crédito com o Tocantins. 

 

A decisão derruba outra, do TRF1 que impedia o Estado de contratar empréstimos com a Caixa, a pedido do MPF.

 

É outro momento, mais proveitoso e de resultados práticos. Enquanto a campanha ecoa nos 139 municípios, o Estado não para. 

 

Dá gosto de ver.

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