RENAFRO manifesta repúdio às declarações do presidente da Fundação Cultural Palmares

Conforme a organização, o presidente expressou ataques de cunho racista e discriminatório contra a coordenadora do núcleo RENAFRO do Distrito Federal.

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Descrição: Imagem ilustrativa Crédito: Reprodução

A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – RENAFRO, organização que há mais de 15 anos congrega os povos tradicionais de matriz africana de todo o país na luta por direitos e no combate ao racismo e a todas as formas de discriminação, manifestou nesta quarta-feira, 3, repúdio às declarações ofensivas e agressões proferidas por Sérgio Camargo, atual presidente da Fundação Cultural Palmares, contra a Yalorixá Adna Santos, Mãe Baiana de Oyá, sacerdotisa do Ilê Asé Oyá Bagan, em Brasília, e coordenadora do Núcleo RENAFRO do Distrito Federal.

 

Conforme a RENAFRO, nesta terça-feira, 2, foram publicizadas gravações nas quais o atual presidente expressa ataques de cunho racista e discriminatório contra Mãe Baiana, contra o movimento negro e contra as comunidades de terreiro, classificando-as, entre outros, como “macumbeiras”.

 

“Essa é uma nítida veiculação de racismo religioso que fere o estado laico. A RENAFRO enfatiza que Mãe Baiana de Oyá é liderança religiosa e social, defensora de direitos humanos e legítima representante dos povos tradicionais de terreiro e de suas pautas por direitos”, destacam.

 

Nesse sentido, a RENAFRO se solidariza também com as entidades do movimento negro e com toda a população negra brasileira vilipendiada pelas atitudes racistas inadmissíveis da presidência da Fundação Cultural Palmares.

 

“Exigimos retratação, punição e o afastamento imediato do Sr. Sérgio Camargo de sua atual posição. Confiantes na justiça de Xangô, a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde vem cobrar postura firme das autoridades e instituições brasileiras para a responsabilização de tais atos e para a garantia dos direitos dos povos de terreiro”, finalizam.

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