Polícia deflagra operação para cumprir 20 mandados de busca e apreensão em Palmas

Ao todo, sete pessoas foram conduzidas, incluindo um menor de idade, que já foi liberado. Também foram apreendidos insumos para o tráfico; cerca de um quilo de droga; dinheiro falso; duas armas.

Crédito: Dennis Tavares/Governo do Tocantins

Realizada nesta manhã de quarta-feira, 29, na região sul de Palmas, a Operação Cálice de Hígia da Polícia Civil do Tocantins. Coordenada pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e deflagrada pela 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (1ª DENARC – Palmas), a ação cumpriu 20 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário em locais monitorados como pontos de tráfico de drogas na região sul da Capital. Ao todo, sete pessoas foram conduzidas, incluindo um menor de idade, que já foi liberado. Também foram apreendidos insumos para o tráfico; cerca de um quilo de droga; dinheiro falso; duas armas e munições.

 

Conforme o delegado que coordena a operação, Enio Walcácer, a operação visa a busca de provas e elementos para investigações do funcionamento do tráfico de drogas na região sul de Palmas de modo a permitir que os elementos coletados subsidiem a análise do fluxograma do tráfico na Capital e, consequentemente, ações de repressão nos locais de vendas de drogas em pontos conhecidos de Palmas.

 

A Operação Cálice de Hígia busca ainda coibir a criminalidade de massa no âmbito do tráfico de drogas, impedindo, dessa forma, o crescimento e o fortalecimento de pequenos traficantes antes que eles atinjam o patamar de organizações criminosas ou a elas se associem. O Delegado Enio Walcácer explica que Criminalidade de Massa é o fenômeno criminal vinculado a grupos ainda não organizados em sua totalidade, no âmbito do tráfico de drogas e refere-se ao micro tráfico realizado por narcotraficantes que ainda não formaram uma cadeia organizada do crime.

 

PESSE

 

Segundo Enio Walcácer, a ação integra as diretrizes do Plano Estadual de Segurança Pública (PESSE) do Governo do Tocantins, que busca tanto a redução dos índices de criminalidade de crimes vinculados ao tráfico de drogas, quanto ações de integração entre os órgãos da segurança pública no combate à violência e a criminalidade no Tocantins. O Delegado ressalta que a ação também está em consonância com os objetivos da Secretaria da Segurança Pública e da Delegacia-Geral da Polícia Civil do Tocantins para reduzir os índices de criminalidade na região sul da Capital e, consequentemente, dar uma resposta à sociedade.

 

O Delegado explica que o tráfico de drogas é um crime do qual decorrem outros. “O enfraquecimento dos pontos conhecidos de tráfico na região permite a redução dos crimes patrimoniais praticados por dependentes químicos e a redução de crimes contra a vida ocasionados pelas disputas territoriais do tráfico de drogas,” ressalta Enio Walcácer.

 

Ação Integrada

 

A Operação Cálice de Hígia, coordenada pela 1ª DENARC, conta com o suporte operacional de várias divisões da Polícia Civil, bem como de delegacias circunscricionais e da Polícia Militar. Participaram da operação o Grupo Operacional Tático Especial (GOTE), a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DEIC de Palmas), Divisão de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), Delegacia Interestadual e Capturas e Desaparecidos (Polinter Palmas), 4ª e 5ª Delegacia de Polícia, Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA Palmas), agentes das diretorias de Polícia da Capital (DPC) e Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) e a equipe da Diretoria do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER). Da Polícia Militar, apoiaram a operação o 6º Batalhão da Polícia Militar de Palmas e a Força Tática, bem como o Grupo de Operações com Cães da PM.

 

O nome da operação

 

O nome da operação faz referência à Deusa grega Hígia ou Higea. Ela representava na Grécia Antiga a prevenção da doença e a preservação da boa saúde. A serpente pode simbolizar o paciente que escolhe partilhar ou não da medicina para se ajudar, decidindo sobre o próprio bem-estar e fazendo as escolhas corretas. O réptil retratado partilhando do cálice também se relaciona às crenças antigas de que serpentes são um símbolo de cura e sabedoria.

 

Na época, acreditava-se que os mortos foram ao fundo da terra para habitar no Hades, uma terra onírica, nem boa nem má. As serpentes tinham contato com os mortos e possivelmente carregavam até as almas dos ancestrais, que retornavam para ajudar os vivos. Então a ideia era a de que esses animais são dotados de muita sabedoria, visto que carregavam as almas de sabedoria ancestral.

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