Prefeitura de Xambioá distribui cloroquina para pacientes com Covid-19

Além da cloroquina, a gestão distribui um kit contendo Sulfato de zinco 66 mg; azitromicina 500 mg e dipirona ou paracetamol.

Crédito: Divulgação

A Prefeitura Municipal de Xambioá, na região norte do Tocantins, informou que adquiriu medicamentos para serem distribuídos aos pacientes positivados para o Covid-19 do município. O kit é composto por Cloroquina 450mg; sulfato de zinco 66 mg; azitromicina 500 mg e dipirona ou paracetamol. Conforme a gestão, a prefeitura está seguindo o novo protocolo do Ministério da Saúde.



De acordo com o secretário de saúde o município, Marcus Venícius, existem algumas regras para obter as medicações. “É importante explicar que os pacientes com diagnóstico de coronavírus já eram previamente medicados com remédios para conter os sintomas. Agora com o protocolo, se houver prescrição médica e se o paciente a família concordarem e realizarem a assinatura de termo de ciência e consentimento serão entregues os kits de medicamentos pela Secretaria Municipal de Saúde”, explicou.  



Ainda segundo o secretário, todos os casos suspeitos e confirmados da doença são acompanhados todos os dias pela Secretaria Municipal de Saúde, que continua empenhada em mapear, monitorar e testar o maior número possível de casos suspeitos de contaminação pelo novo coronavírus.

 

Ministério da Saúde

 

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (20) as orientações para ampliar o acesso de pacientes com COVID-19 ao tratamento medicamentoso precoce, ou seja, no primeiros dias de sintomas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento traz a classificação dos sinais e sintomas da doença, que pode variar de leve a grave; e a orientação para prescrição a pacientes adultos de dois medicamentos associados à azitromicina: a cloroquina e o sulfato de hidroxicloroquina. A escolha do melhor tratamento para a doença pode variar de acordo com os sinais e sintomas e a fase em que o paciente se encontra. Esses dois medicamentos já eram indicados para casos graves, hospitalizados.

 

Estudos

 

Considerado pelo presidente Jair Bolsonaro como arma no combate à pandemia do coronavírus e pivô da saída de Nelson Teich do comando do Ministério da Saúde na última sexta-feira (15), o medicamento cloroquina não tem eficácia e segurança cientificamente comprovadas contra a covid-19. E, de acordo com as evidências mais sólidas que existem até agora, a cloroquina e seu derivado, hidroxicloroquina, não exercem influência na mortalidade de pacientes por covid-19. A cloroquina e a hidroxicloroquina são algumas entre várias substâncias sendo testadas agora contra a covid-19, que já matou mais de 300 mil pessoas no mundo inteiro.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece nenhum medicamento ou vacina para a covid-19. O Comitê Científico e a Diretoria da Sociedade Brasileira de Imunologia divulgou um documento em que afirma que "ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento na covid-19, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina". Já o Conselho Federal de Medicina condiciona seu uso ao critério médico e consentimento do paciente.


Lockdown


O município está em lockdown ou distanciamento social ampliado desde o último sábado, dia 16. Até o momento há 31 pessoas confirmadas para Covid-19 e uma morte. “Temos que ser rígidos nesse momento, antes que a situação fuja ao controle e estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para garantir a segurança da população. Temos reforçado o trabalho preventivo. Já distribuímos mais de 8 mil kits de máscaras e álcool em gel e estamos fazendo um trabalho de descontaminação das principais avenidas e espaços públicos de Xambioá. Temos barreiras informativas e sanitárias na entrada da cidade e em parceria com a ROTAM da Polícia Militar estão sendo realizadas blitzes e triagens na balsa, na divisa com o Pará”, explicou a prefeita Patrícia Evelin.



“Também reforçamos os pedidos para que as pessoas não saiam de casa sem necessidade. Usem máscara caso seja necessário sair da sua residência, o uso é obrigatório, e mantenham os hábitos de higienizar bem as mãos com água e sabão ou álcool em gel, além de evitar toques nos cumprimentos”, complementou Patrícia.
 

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