Após corte do Governo Bolsonaro, UFT suspende bolsas de pesquisa e extensão

A UFT teve o impacto no orçamento na ordem de 42% (o que representa cerca de R$ 18 milhões), após anúncio de corte pelo Ministério da Educação (MEC)

Crédito: Eduardo Noleto

Em nota enviada ao Portal T1 na manhã desta quarta-feira, 08, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) disse que será suspensa, inicialmente, por 90 dias, a emissão de editais para concessão de bolsas (tanto da pesquisa quanto da extensão), bem como o contingenciamento de diárias e passagens para toda a Universidade.

 

A UFT teve o impacto no orçamento na ordem de 42% (o que representa cerca de R$ 18 milhões), após anúncio de corte pelo Ministério da Educação (MEC).

 

“Tendo em vista o contingenciamento dos recursos para universidades e institutos federais, anunciado pelo MEC, e que o bloqueio desses recursos impacta diretamente no funcionamento da estrutura organizacional, a UFT informa que serão tomadas medidas de contenção de gastos para tentar reduzir o impacto gerado no orçamento devido ao contingenciamento imposto” ressaltou a nota.

 

A Universidade conferiu, também, que pode ter dificuldades para manter o pagamento das despesas correntes, como contas de água, energia, manutenção e segurança, daqui dois meses.

 

Expressou, ainda, que está estudando outras medidas tanto para captação de mais recursos quanto para gerar economia nos itens que compõem o volume de recursos destinados para custeio da universidade.

 

Confira o restante da nota:

 

Todas as medidas serão anunciadas em reuniões que ocorrerão em todos os câmpus, abertas a toda a comunidade universitária (professores, técnicos, estudantes) e comunidade externa para a transparente explicação acerca da situação atual do orçamento da Universidade e também visando traçarmos soluções e medidas para minorar o impacto orçamentário gerado a partir do contingenciamento dos recursos.

 

A UFT reforça que já vinha implementando medidas de melhoria nas práticas de gestão e modernização de processos relacionadas às despesas de custeio, com redução de gastos em segurança e limpeza (terceirizados), objetivando uma gestão mais eficiente e equilibrada. Também deu início à implantação de uma usina fotovoltaica, para geração de energia elétrica a partir da energia solar, visando a economia e redução da despesa de custeio neste ponto.

 

O atual contingenciamento dos recursos atinge mais profundamente a estrutura universitária em questões básicas, podendo inclusive inviabilizar o pagamento das despesas correntes, como já citado acima. A Universidade espera uma reversão no contingenciamento dos recursos, sob risco de asfixiamento e interrupção das atividades, tendo em vista a impossibilidade financeira para honrarmos os compromissos demandados pelas despesas correntes.

 

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