Ato contra a Reforma da Previdência e cortes na Educação mobiliza Palmas

Com cartazes, faixas e frases de ordem, como “chega de fake news, se tirar nossos direitos, nós paramos o Brasil”, tocantinenses respondem às recentes medidas do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Protesto segue na Avenida Jk, em Palmas.
Descrição: Protesto segue na Avenida Jk, em Palmas. Crédito: Tom Lima

Estudantes, professores, afiliados de associações e entidades sindicais participam na manhã desta sexta-feira, 14, em Palmas, do ato público nacional contra a Reforma da Previdência e cortes na Educação. Eles seguem na Avenida JK, uma das principais da cidade, após concentração em frente ao Colégio São Francisco, às 8 horas, e seguem em direção ao Palácio Araguaia. Segundo a organização, cerca de 400 pessoas integram o movimento, que é acompanhado de perto pela Polícia Militar (PM).

 

Com cartazes, faixas e frases de ordem, como “chega de fake news, se tirar nossos direitos, nós paramos o Brasil”, tocantinenses respondem às recentes medidas do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

 

Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores Tocantins (CUT) e do Sindicato dos Trabalhadores dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintet), José Roque Rodrigues Santiago, a categoria, assim como boa parte dos brasileiros, quer uma previdência social solidária. “A reforma é muita maldade com os trabalhadores em geral”, reclama.

 

Devido aos cortes de investimentos na Educação, profissionais da área se mobilizam em várias cidades do Tocantins, a exemplo de Araguaína, Tocantinópolis, Augustinópolis, Gurupi, Peixe, Novo Acordo, Porto Nacional e Dianópolis.

 

Na manhã desta sexta-feira, os portões de campi da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal (IFTO), em todo os estado, amanheceram fechados. Em Palmas, quatro escolas municipais não teriam aberto os portões na manhã de hoje, assim com uma escola estadual em Dianópolis, cujas aulas serão que ser repostas posteriormente.

 

De acordo com Roque, políticos de diversas esferas foram convidados para participar dos atos no Tocantins. “Esperamos o apoio dos nossos parlamentares e o compromisso deles de que também são favoráveis aos trabalhadores”, apela.

 

Presença sindical e de militantes

 

Alguns servidores do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Tocantins (Sindijufe) marcam presença no ato. Um deles, Janner Noleto, diz que a reforma da previdência prejudica os servidores públicos.

 

Também integram o ato, afiliados do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) que atuam no IFTO da Capital. “No IFTO, os cortes nos recursos chegam a 32,5%, de modo que as atividades já estão ameaçadas a partir de setembro. O campus de Palmas, por exemplo, já começou as demissões e segue precarizando o ensino”, diz Klaus Laino, dirigente sindical.

 

 

Os afiliados do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins (Sindifical), em Palmas, também foram às ruas protestar, por meio do grupo “Fisco Mobilizado”. “Temos que dar exemplo, participar, lutar enquanto trabalhadores para não termos nossos direitos violados. Vivemos numa democracia e podemos defender nossos interesses contra esse governo federal que está sendo injusto”, argumenta.

 

Estudantes

 

O diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Tocantins, Diego Panhussatti, estudante de Direito da UFT e membro do Kizomba, um coletivo de militantes nacional, que existe há cerca de 15 anos, com forte atuação nas universidades, marcha na Avenida JK com mais cerca de 40 estudantes, inclusive da Universidade do Tocantins (Unitins).

 

Para ele, o corte na educação implica na manutenção de custos básicos, não somente nas bolsas de pesquisa. “Queremos é mais polarização, mais inclusão, mais perspectivas de futuro e não cortes”, reclama ele, acrescentando ainda que, quanto à reforma, a juventude também luta por seu futuro.

 

Trabalhadores dos Correios e ainda afiliados no Sindicato os Profissionais de Enfermagem do Estado do Tocantins e do Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais (Sipese) também engrossam o coro contra as medidas do governo federal. No caso do Sisepe, os dirigentes lembram ao Governo do Estado o não pagamento das progressões, que estão congelados desde abril e por 24 meses.

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