Australiana vence leilão e investirá R$ 255 milhões em área mineral em Palmeirópolis

A empresa vencedora pagará ainda R$ 1,5 milhão com bônus para o governo federal e vai se comprometer a investir R$ 15 milhões nos próximos três anos em valor de outorga

Carlesse acompanhado de Gaguim e Fábio Vaz
Descrição: Carlesse acompanhado de Gaguim e Fábio Vaz Crédito: Divulgação

A empresa australiana Perth Recursos Minerais ganhou os direitos de operar a mineração pelo Projeto Polimetálico de Palmeirópolis, cujo leilão aconteceu nesta segunda-feira, 21, no Salão Nobre da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) no Rio de Janeiro. O lance oferecido pela empresa corresponde a 1,71% de royalty sobre o faturamento bruto obtido.

 

Segundo a CPRM, no local poderão ser encontradas jazidas de chumbo, cobre, zinco e ouro. A empresa vencedora pagará ainda R$ 1,5 milhão com bônus para o governo federal e vai se comprometer a investir R$ 15 milhões nos próximos três anos em valor de outorga pelo direito de explorar a área. O valor será pago em 3 parcelas: R$ 1,5 milhão na assinatura do contrato, R$ 6,5 milhões durante o período de pesquisa (2 anos) e R$ 7 milhões quando receberem a carta de lavra.

 

A expectativa é que para a plena exploração sejam investidos mais de R$ 255 milhões ao longo de dez anos, gerando cerca de 2.500 empregos na região. O leilão desta segunda-feira marcou a estreia do modelo em que o governo oferecerá ao mercado o direito de exploração de áreas das quais possui título minerário e conhecimento geológico.

 

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), acompanhado do deputado federal Carlos Gaguim (mesmo partido) e do prefeito de Palmeirópolis, Fábio Vaz, participaram o leilão. Carlesse fez o pronunciamento de abertura e destacou o potencial para mineração existente no subsolo tocantinense.

 

Segundo ele, no planejamento de sua gestão a mineração é um dos pilares para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. “O Tocantins tem um potencial muito grande para o desenvolvimento da mineração e o nosso governo tem feito os estudos e já projetamos que esse setor é um dos setores que irão ajudar o desenvolvimento econômico do estado e também a geração de empregos”, afirmou o governador.

 

A CPRM detém cerca de 330 processos minerários, divididos em 30 lotes. Entre eles, quatro foram qualificados no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), do governo federal. Escolhido como projeto piloto, o Projeto Polimetálico de Palmeirópolis compreende seis processos, totalizando 6.050 hectares, com todos com relatórios finais de pesquisa aprovados. Qualificado na 1ª Reunião do Conselho do PPI, em 2016, é denominado polimetálico pela presença associada de Pb-Zn-Cu-Cd-Ag-Au.

 

Em sua fala, o diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, afirmou que na próxima etapa, a jazida de Natividade, também no Tocantins, deve ser levada a leilão.

 

O governador Mauro Carlesse solicitou celeridade também nesse processo. “O Tocantins tem pressa e queremos que os trabalhos também aconteçam na região de Natividade, que já explora calcário e pedra, mas precisamos ir além. São esses grandes empreendimentos que irão gerar empregos e tornar o Tocantins um Estado forte, industrializado e com um povo independente economicamente”, declarou.

 

Distante cerca de 520 km de Goiânia, o acesso se dá pelas rodovias GO-080, BR-153 e GO-343. Palmeirópolis está a 130 km da Rodovia Belém-Brasília e desta até os depósitos de minério o acesso é efetuado por estradas municipais e/ou vicinais não pavimentadas, com distância média de 25 km.

 

Quem é a empresa

 

A empresa vencedora do leilão é de origem australiana e foi criada com aporte de capital do fundo MMH Capital, de Dubai. Com sede em Minas Gerais, a empresa foi aberta no país para participar da licitação do projeto no Tocantins. O grupo também participa de projeto de exploração de lítio no Ceará.

 

Presentes

 

Também acompanham o governador Mauro Carlesse no leilão da jazida de Palmeirópolis, o presidente da Agência de Mineração do Tocantins (Ameto), Aparecido Giacometo; o secretário-executivo da Governadoria, Divino Allan Siqueira, e o empresário de Palmeirópolis, Edson Reis.


 

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