Dimas cobra do governo contenção do comércio; Carlesse reage: está buscando um álibi"

Após anunciar reabertura do comércio em Araguaína para segunda e receber ação judicial da Defensoria, mais recomendação do MP, Ronaldo Dimas voltou baterias contra o governo. Carlesse reage

Dimas e Carlesse em 2018: de aliado a crítico opositor
Descrição: Dimas e Carlesse em 2018: de aliado a crítico opositor Crédito: Araguaína Notícias

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), reagiu às declarações do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (Podemos), neste sábado, 28, de que falta da ação do Governo do Tocantins no combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus no estado. Carlesse disse que trabalha desde o início da crise no Brasil, com medidas duras para conter o vírus e salvar as vidas. “De nossa parte, estamos mobilizados em buscar soluções para conter a crise”, afirmou. Ele devolveu a crítica e afirma que Dimas busca um álibi para justificar suas medidas.

 

Dimas, pressionado pelo meio empresarial em Araguaína, anunciou na sexta-feira, 27, que reabrirá o comércio na cidade a partir de segunda-feira. A medida provocou reação da Defensoria Pública, que ajuizou ação para que o prefeito mantenha as recomendações da OMS, e uma nota conjunta do MP Tocantins.

 

Em sua declaração, o prefeito de Araguaína disse que Governo do Estado "é omisso e repassa responsabilidade para os municípios". Em resposta, o governador disse que o prefeito precisa ter pulso para decidir acertadamente. “Quando erra em suas decisões busca um álibi para justificar suas medidas. Talvez não esteja conversando com seu secretário de saúde para se inteirar das ações conjuntas do comitê estadual de combate ao novo Coronavírus”, destaca Carlesse na nota.

 

Ajuda do governo a Araguaína foi lembrada em nota

 

Mauro Carlesse lembrou que, inclusive, atendeu prontamente o prefeito quando ele solicitou uma aeronave para o transporte dos testes que ele havia adquirido e estavam em Brasília à espera de transporte. “De nossa parte, estamos mobilizados em buscar soluções para conter a crise. E Araguaína faz parte de nossas preocupações, tendo em vista que a flexibilização da quarentena nos obrigará a dobrar nossas atenções com a disponibilidade de leitos e UTIs na rede pública local", completou.

 

O prefeito de Araguaína disse que os prefeitos têm que aguentar sozinhos a pressão dos comerciantes, da sociedade, das entidades médicas e de todos os setores. “O governador tem orientar estratégias e preventivamente”, ressaltou, acrescentando que não queria, em um momento tão difícil, criticar ou desabafo. “É hora de união, de trabalho conjunto, é isso que mais queremos”, finalizou. Uma das reclamações de Dimas é que o Estado não realizou ainda uma teleconferência do governador com os prefeitos das maiores cidades do Estado. O governo rebateu: "não deve estar conversando com seu secretário de Saúde, que participa do Comitê gestor da crise".

 

 

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