Governo do Estado indica novos membros do Conselho Estadual de Educação Indígena

O Conselho é composto por 12 membros, dos quais sete representam sete tribos indígenas do Estado, além de três representantes da Seduc e dois do Conselho Estadual de Educação.

Educação indígena
Descrição: Educação indígena Crédito: Arquivo Governo do Estado

 

O Conselho de Educação Escolar Indígena do Estado (CEEI-TO) contará com novos membros para o biênio 2020/2022. Nesse sentido foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira, 16. O Conselho é composto por 12 membros, dos quais sete representam sete tribos indígenas do Estado: Apinajé, Javaé,  Karajá, Krahô, Krahô Kanela, Xambioá e Xerente. Completam a instituição três representantes da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e dois do Conselho Estadual de Educação.  


 

Os novos representantes dos povos indígenas titulares no Conselho são: Emílio Dias Apinajé, Manoel Conceição Malarrani Dias (Javaé), Manaijé Karajá, João Pedro Krahô, Noé Gaio Ribeiro Chaves (Karajá), Selma Feitosa (Xambioá) e Lenivaldo Srapte Xerente. Completam a lista Waxiy Maluá Karajá, Jandira Rodrigues e Maria de Lourdes Macedo (Seduc) Larissa Ribeiro Santana e José Fernando Bezerra.

 

 O CEEI-TO conta a participação de representantes das seguintes instituições, na condição de convidados: Associação dos Professores Indígenas do Tocantins, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Distrito Sanitário Indígena, Funai, UFT e União dos Estudantes Indígenas do Estado.


 

De acordo com informações da Seduc, o Tocantins conta com 6.268 estudantes matriculados nas escolas indígenas da rede estadual de ensino, compreendendo, crianças e jovens em idade escolar bem como adultos com interesse em se alfabetizar.


 

Esses alunos estão matriculados nas Escolas Indígenas em suas aldeias, distribuídas em seis Diretorias Regionais de Educação: Araguaína, Gurupi, Miracema, Pedro Afonso, Paraíso do Tocantins e Tocantinópolis, formadas pelos Povos: Apinajé, Xerente, Javaé, Karajá, Karajá Xambioá, Krahô e Krahô-Canela.

 

O Curso de Formação de Professores Indígenas (Magistério Indígena) está em sua 31ª etapa, que foi realizada entre os dias 6 e 31 de janeiro para 102 educadores indígenas. A formação é intercultural, bilíngue e diferenciada, que possibilita o aprofundamento de conhecimentos que permitam o prosseguimento dos estudos e prepara para o exercício da atividade docente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.


 

A ênfase do curso, segundo a titular da pasta, Adriana Aguiar, está na formação de professores comprometidos com a educação de qualidade que privilegie a reflexão, a responsabilidade, a formação ética e a autonomia do aluno. O público alvo são professores indígenas dos povos: Apinajé, Xerente, Javaé, Karajá, Karajá Xambioá, Krahô e Krahô - Canela, que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental nas Unidades Escolares Indígenas.


 

Com a nomeação dos membros do Conselho de Educação Escolar Indígena do Estado do Tocantins (Ceei-TO), a data da posse está sendo definida, com previsão para ser realizada ainda no mês de janeiro. O programa de educação indígena, segundo a Seduc, atendeu a 5.469 alunos, entre crianças, jovens e adultos, em 2019.


 

A professora indígena Creuza Prumkwy, da tribo Krahô, diz que as lideranças indígenas continuam lutando pelo ideal de uma pedagogia  que ela chama “escola do prazer”. Ela explica que se trata de uma escola em que os alunos possam “vir todos os dias e que nunca sintam com vontade de ir embora”.

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