Loja de departamentos pagará R$ 4,2 milhões em impostos após operação "Walking Dead"

Os valores serão recolhidos em 60 meses e reforçarão o sistema de arrecadação tributária do Estado.

Crédito: Reprodução

Em razão das investigações da segunda fase da operação "Walking Dead", os representantes legais de uma loja de departamentos da região Norte do Estado aderiram ao programa de parcelamento de dívidas tributárias com a Fazenda Pública Estadual - SEFAZ/TO e vão recolher R$ 4,2 milhões de reais aos cofres públicos. Os valores serão recolhidos em 60 meses.

 

Conforme apurou o T1, a empresa que terá que devolver a quantia em tributos é a 'Lojas Economia', situada em Araguaína.

 

De acordo com o delegado Vinícius Mendes, em razão do parcelamento da dívida tributária, em observância à legislação, o inquérito policial ficará suspenso, em relação aos investigados que realizaram o parcelamento, até o integral pagamento da dívida com a Fazenda Pública. “A empresa investigada pela Polícia Civil estava registrada em nome de uma mulher, falecida em 2010, e que tivera os seus documentos utilizados para alterações no contrato social, a fim de auferir valores que deveriam ser recolhidos em impostos”, afirmou.

 

Walking Dead 2ª Fase

 

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou no dia 15 de abril, a 2ª fase da operação "Walking Dead", com a finalidade de investigar uma contadora, um empresário e um auditor fiscal de Araguaína, supostamente envolvidos com a abertura de empresa em nome de pessoa já falecida.  O empresário e a contadora foram conduzidos até a Central de Atendimento da Polícia Civil e depois detidos. As investigações tiveram início em 2016, quando auditores da receita estadual realizavam fiscalização em duas empresas e apuraram que elas não existiam de fato.

 

Um dos estabelecimentos estaria registrado em nome de pessoa já falecida desde 2010, mas que tivera seus documentos utilizados para abertura ou sucessão de sócios de várias empresas fantasmas, dentre as quais, um estabelecimento empresarial investigado nesta segunda fase da operação.

 

Segundo apurado, esta empresa estaria estabelecida na Avenida Cônego João Lima, um dos pontos comerciais mais caros e valorizados de Araguaína, entretanto, entre o final de 2013 e início de 2014, seu proprietário teria constituído uma nova contadora e mudado o contrato social da companhia, fazendo constar como sócia proprietária uma senhora falecida em 2010.

 

Para conseguir sucesso na empreitada criminosa, o empresário e a contadora teriam contado com a ajuda de um auditor fiscal, que, na época, ocupava cargo de chefia e teria chancelado a troca de sócios da empresa. Os policiais civis apuraram ainda que o então chefe do setor de fiscalização, teria autorizado a baixa da empresa sem o indispensável Termo de Verificação Fiscal - TVF.

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