MPF recomenda Funai o combate urgente do incêndio no Parque Nacional do Araguaia

Um agente do Ibama gravou um vídeo relatando queimadas e a sua preocupação com a seca que atinge o rio Javaé na Ilha do Bananal, próximo ao Parque.

Crédito: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) no Tocantins fez uma recomendação nesta quinta-feira, 19, ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) que adotem medidas urgentes para combater o incêndio florestal que tem ocorrido na região conhecida como Mata do Mamão, no interior do Parque Nacional do Araguaia. De acordo com o órgão área vem queimando há mais de 30 dias. 

 

Um agente do Ibama gravou um vídeo relatando queimadas e a sua preocupação com a seca que atinge o rio Javaé na Ilha do Bananal, próximo ao Parque. Sidnney Silva é agente do Prevfogo e está na região para ajudar a combater queimadas que atingem a mata ciliar dos rios.  Não chove na região a mais de 150 dias. No vídeo o agente define a situação como "tristeza geral". 

 

Ao T1 Notícias o Ministério do Meio Ambiente (MMA) informou que o Ibama implementou a Operação Tocantins 2019 para o combate de incêndios florestais em todo o Estado do Tocantins. A prioridade são as terras indígenas como a do Parque Araguaia, onde esta localizada a Ilha do Bananal, Xerente/ Funil, Kraolândia e Apinayé.  O Parque Nacional do Araguaia não é contemplada por essa operação por estar na terra indígena Inywebohona, em sobreposição com o Parque e sob a gestão conjunta da Funai e do ICMBio.

 

O Ministério Público Federal solicitou ainda que, no prazo máximo de 48 horas, seja comunicado à instituição o acolhimento da Recomendação.

 

Entenda

 

O Rio Javaé, que banha parte da maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal, está com seu leito totalmente seco no local onde se encontraria com o Rio Araguaia, seu braço menor. A situação do Javaé está relacionada à crise hídrica que atinge o Rio Formoso, pois os dois são parte da mesma bacia.

 

No último mês a situação se agravou com o período de queimadas uma vez que o fogo chegou próximo as matas ciliares que protegem os rios. Animais como jacarés e peixes tem sofrido com a situação. 

Comentários (0)