Policiais civis das regiões centro-oeste e norte protestam contra nova aposentadoria

O próximo ato das entidades será no dia 21/05 em uma grande caravana à Brasília

Crédito: Divulgação

Nessa segunda-feira, 13, os sindicatos dos policiais civis de Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins aderiram à paralisação nacional em defesa de uma aposentadoria digna aos operadores da segurança pública. A Feipol-CON realizou a convocação para o ato no dia 1º de maio e a Presidente da entidade, Marcilene Lucena, que está no Tocantins, comemorou o resultado: “Foi muito bom! As entidades estão atentas às convocações e estão conseguindo o envolvimento da base. Estamos juntos descobrindo que, mesmo tendo outorgado ao Presidente Bolsonaro a liderança de nosso país, não iremos tolerar covardia com nossos direitos, muito menos tratamento desproporcional e desarrazoado com as forças armadas, pois somos os que enfrentam a verdadeira guerra contra a violência”.

 

Além da adesão à paralisação, em protesto contra o tratamento dado pelo governo federal, os policiais civis também distribuíram material informativo e buscam da sociedade a conscientização da luta que estão travando, pois, caso passe sem qualquer alteração, a PEC 06/2019 trará prejuízos enormes aos profissionais da segurança pública, com perda de paridade, integralidade, pensão com dignidade, sem diferença de idade para aposentadoria de homem e de mulheres, além de não haver regras de transição, criando um diferença abismal entre o tratamento dado para policiais e militares. “Estamos mobilizados e nossa voz ecoa em todo o Brasil. Não iremos parar até que sejamos ouvidos e o Presidente Bolsonaro retire de nossas costas a faca que cravou no momento que enviou o texto da Reforma da Previdência sem considerara a atividade estressante, insalubre e arriscada que temos, além de massacrar mais ainda profissionais que trabalham em condições precárias, com carga horária excessiva e expostos ao que a sociedade tem de pior”, protestou Marcilene.

 

Durante as manifestações o portal t1noticias destacou o fato do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins não aderirem a paralisação e ainda destacaram a posição de um delegado de Araguaína, cidade do interior daquele estado que postou o seguinte em sua rede social: “Eu só paro com os corruptos na cadeia”, fato que lamentou a Presidente da Feipol-CON. “Lamentável e desnecessário. Primeiro porque a atividade de polícia investigativa é multidisciplinar e envolve vários profissionais, segundo porque usa de demagogia junto a seus seguidores, pois enquanto foge da luta, outros com mais coragem lutam pelos direitos dele próprio”.

 

O Presidente do Sinpol-TO, Ubiratan Rebelo concedeu entrevista à imprensa e citou o fato da mobilização ser nacional e envolver várias categorias, com a intenção de apresentar aos parlamentares federais a necessidade de uma aposentadoria diferenciada aos operadores de segurança pública.

 

O próximo ato das entidades será no dia 21/05 em uma grande caravana à Brasília e a Feipol-CON conta com a participação de todos os estados que possuem policiais civis estaduais em sua base. Nesse intervalo as entidades continuam a buscar apoio de parlamentares e da população para uma emenda à PEC 06/2019 que traga justiça para aposentadorias e pensões dos policiais do Brasil.

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