Secretário da Setas comenta sobre o cenário de extrema pobreza apontado pelo IBGE

Dos pouco mais de 1,6 milhão de habitantes do Estado, aproximadamente 500 mil fazem parte desse cenário, apresentado recentemente pelo IBGE.

José Messias Alves
Descrição: José Messias Alves Crédito: Divulgação

Aproximadamente quase um terço da população do Tocantins vive em situação de pobreza, aponta o IBGE em pesquisa recente. Procurada pelo T1, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) garante que o Governo já vem fazendo a sua parte, quando articula políticas de desenvolvimento social e trabalho, visando à inclusão social. Sustenta o titular da pasta, José Messias Alves de Araújo, que o Executivo estadual já promove “proteção à família, aos indivíduos e grupos em situação de vulnerabilidade social, e aos trabalhadores”.

 

O secretário argumenta que as ações e programas favorecem a inserção das pessoas no mundo do trabalho, por meio do emprego formal, do empreendedorismo ou de empreendimentos da Economia Solidária. E cita os cursos de capacitação profissional na área da beleza, panificação e artesanato, que, segundo ele, atendem famílias inscritas no Cadastro Único do Governo Federal, com ênfase nos beneficiários do Programa Bolsa Família e que na maior parte são famílias que sobrevivem com até 145 reais (extrema pobreza). Pelos números apresentados por José Messias, somente neste ano  foram capacitados 3.475 tocantinenses em 53 municípios, totalizando 9.735 famílias atendidas. A estimativa é que já foram gerados com as capacitações mais de 1.600 empregos diretos e indiretos.

 

“Saímos do ranking nacional de vigésimo segundo lugar para quinto, no tocante a geração de trabalho. Neste ano de 2019, tendemos 225 mil trabalhadores no Tocantins, ofertando mais de 7 mil vagas de geração de emprego, realizando praticamente 33 mil 800 encaminhamentos, sendo que desse total mais 3 mil trabalhadores foram inseridos no mercado de trabalho”, esclareceu o secretário.

 

Destacou ainda um termo de cooperação técnica assinado no mês de agosto, setembro e outubro deste ano com os municípios de Araguatins, Porto Nacional, Guaraí, Colinas, Itaguatins e São Miguel, que estima beneficiar mais de 12 mil famílias. O Plano de Ação – explica o secretário -- tem como público-alvo agricultores familiares, empreendedores de economia solidária, jovens e adultos, micro e pequenos empresários, famílias atendidas pelos programas de transferência de renda, e organizações da sociedade civil.  Entre as ações serão oferecidos cursos interativos online, com duração entre 60 e 120 horas/aula, de inglês, espanhol, estética, preparatórios para o Enem, e profissionalizantes.

 

Dados do IBGE no Tocantins 

 

Dos pouco mais de 1,6 milhão de habitantes do Estado, aproximadamente 500 mil fazem parte desse cenário, apresentado recentemente pelo IBGE. Mais de 100 mil vivem abaixo da linha de pobreza. Esse quadro já preocupa as autoridades e empresários. Entre todos os Estados do país, Tocantins é o 15º com a maior proporção. Conforme o estudo, 31,5% da população tocantinense tem rendimentos inferiores a US$ 5,50 PPC por dia, o equivalente a R$ 415,00 mensais.

 

Na Assembleia, os números do censo levam parlamentares a cobrar do governo estadual atitudes que, pelo menos, mitiguem essa situação. O Executivo, por meio de Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), no entanto, argumenta que várias ações e programas estão e cursos em grande parte dos municípios tocantinenses.

 

Em recente pronunciamento da tribuna, O deputado Elenil da Penha (MDB) discurso, sugeriu ao Governo, parlamentares e empresários a criarem condições para reverter essa situação no Estado, ao defender  a criação de programas sociais e a formação de mão-de-obra. “A miséria causa desespero e depressão, além de deficiências físicas e intelectuais”, sustentou o parlamentar. 



PIB no Maranhão

 

O Maranhão teve o quarto maior aumento do PIB entre todos os Estados brasileiros em 2017, de acordo com informações com o IBGE. A alta foi de 5,3%. O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de riquezas de um país, Estado ou cidade. Ou seja, quanto maior, melhor a economia. À frente do Maranhão, só ficaram Rondônia (5,4%), Piauí (7,7%) e Mato Grosso (12,1%). No Nordeste, o Maranhão teve a segunda maior alta do PIB em 2017. O desempenho da economia maranhense também ficou bem acima da média nacional, que cresceu 1,3%.

 

O principal setor que puxou para cima o PIB maranhense foi o agronegócio. Boa parte da produção de grãos é transportada pelo Porto do Itaqui, que também teve forte contribuição para o resultado.

 

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