Confra entre prefeita e vereadores revela nas ausências quem são inimigos “cordiais”

Ano termina em clima afável entre os dois poderes. No jantar oferecido pela prefeita aos vereadores, faltaram cinco vereadores: dois por motivos fortuitos e três que já se tornaram inimigos cordiais

Confraternização entre Cinhia e vereadores de Palmas
Descrição: Confraternização entre Cinhia e vereadores de Palmas Crédito: Divulgação

A prefeita Cinthia Ribeiro(PSDB) ofereceu na noite de ontem, quinta-feira, 19, um jantar para os vereadores palmenses.

 

O jantar foi uma forma da prefeita agradecer a disposição dos parlamentares em abrir a pauta para votar a Lei Orçamentária. “Foi uma noite muito agradável”, disse ao Blog, um dos convivas.

 

Lei que diga-se, continua tramitando. O veto da prefeita à emenda do vereador Milton Néris que impede que ela transfira para o ano seguinte, despesas do exercício atual é a pedra no meio do caminho da aprovação da LOA. A prática de reconhecer dívida com fornecedores de um ano para o outro é usual na prefeitura de Palmas e vem das gestões anteriores, mas o tensionamento das relações entre Néris e o grupo que ele lidera, com a gestora do Paço atrapalhou a chegada a um consenso até aqui.

 

Todos foram convidados, mas compareceram 14 dos 19 vereadores. 

 

As ausências revelam além dos casos fortuitos os inimigos cordiais que a prefeita tem na Câmara. Entre os ausentes ocasionais estão Diogo Fernandes que justificou sua ausência, e Juscelino que estava para a fazenda.

 

Já no grupo dos adversários estão Tiago Andrino, seu potencial adversário na disputa do ano que vem; e Milton Néris que deixou a base para fazer oposição ferrenha, relator da LOA na Comissão de Orçamento e Finanças.

 

O presidente Marilon Barbosa que teve  ao longo do ano uma relação oscilando entre institucional e partidária, pela proximidade com o irmão vice-governador e pré-candidato, azedou nos últimos dias com a prefeita.

 

Acha que tem sido subestimado e reclama do tratamento em ocasiões públicas, especialmente envolvendo obras e serviços em Taquaruçu. Por último, teria se aborrecido por ter ficado esperando atendimento por parte da prefeita por cerca de duas horas na véspera da votação da LOA. Um episódio controverso em que a prefeitura explicou que não havia reunião agendada e que a prefeita precisou se ausentar para acompanhar o filho ao hospital.

 

O certo é que num ano de relações que variaram entre melhores amigos, adversários momentâneos e inimigos cordiais, o Paço e a Câmara terminam com relações cordiais, socialmente. O Orçamento no entanto, segue sem ser aprovado. Diferente do ano passado.

 

Resta saber se na virada do ano, esses 14 num grupo de 19, ainda que não sendo oficialmente todos da base, garantirão um começo de ano eleitoral amistoso entre os dois poderes.

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