Do PP ao PSD, as opções de Kátia Abreu movimentam o cenário político

Sinalizando que pode deixar o PDT, senadora Kátia Abreu é cortejada por um leque de partidos e estuda qual o melhor no cenário no Estado e nacionalmente. Em off, o Blog ouviu lideranças sobre o tema

Crédito: Reprodução

A senadora Kátia Abreu (PDT) ainda tem pela frente três anos de mandato. Como disse ao T1 Notícias em recente entrevista, não tem a menor necessidade de se apressar em definir seu destino partidário agora, já que não pretende disputar eleição este ano.

 

Mas nos bastidores o movimento é intenso de conversações. Isso por que a necessidade neste instante é dos partidos fortalecerem seus quadros no Congresso Nacional. E o voto de uma senadora, tem peso e importância na composição de qualquer bancada.

 

O rebuliço mais recente acontece em torno do PP, presidido no Tocantins por Lázaro Botelho. Este, que tem o partido organizado com suas lideranças para as eleições municipais, aposta no peso da legenda nos dois quesitos: tempo de TV e fundo partidário. Pelo menos para Gurupi, Palmas e Araguaína isso pode alterar o resultado de uma eleição. Como aconteceu em Palmas com Carlos Amastha (PSB) em sua primeira eleição.

 

A cúpula do PP Nacional tem deixado claro seu interesse na filiação de Kátia. O partido tenta compensar a perda de dois senadores. Neste quesito, embora tenha se esforçado muito, Lázaro Botelho não conseguiu o mandato de volta para estar sentado confortavelmente no plenário da Câmara dos Deputados. O compromisso do governador Mauro Carlesse (DEM) com o PP de que o suplente assumiria, também ainda não pode ser cumprido. O que fragiliza Lázaro.

 

Kátia Abreu por sua vez consulta líderes sobre esta possibilidade, já antevendo o jogo de xadrez no processo sucessório municipal. Já o staff de Botelho não alisa: ele tem compromisso com o grupo de Mauro Carlesse, e a senadora é provável pré-candidata ao governo em três anos. Governo que já disputou recentemente.

 

Ouvindo fontes ligadas ao ex-deputado, que despacha no Palácio a poucos metros do governador,  dá para entender em síntese apertada, que no PP não cabe os dois.

 

Neste começo de semana, atendendo no seu escritório em Palmas, Kátia Abreu ouviu cerca de 30 líderes.

 

Com uma base fortemente ruralista, a senadora – que cogita inclusive permanecer no PDT, legenda pela qual disputou a vice-presidência da República ao lado de Ciro Gomes – ouve reclamações sobre o partido ter uma pauta de esquerda. Para votar a favor da reforma da previdência, Kátia contrariou orientação partidária e gerou desconforto no partido.

 

PRB de Halum e PSD de Kassab são alternativas

 

Um dos caminhos mais tranquilos para a senadora seria retornar às suas origens. Partido do qual saiu sem brigas e onde tem excelente relações, o PSD tem na presidência no Tocantins, o filho, Irajá. Este que tem feito um esforço para unir forças e levar a mãe de volta. Nesta intenção, o senador tocantinense conta com as bênçãos do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e dos 11 senadores do partido.

 

Se fosse o caso de uma aposta, este, de longe seria o caminho mais tranquilo para a senadora. Estaria duplamente em casa,  até pela defesa dos interesses comuns com suas bandeiras.

 

Uma outra hipótese também seria o PRB de César Halum, que já foi aliado e depois adversário da senadora no Tocantins. O partido, que só tem um senador, espera, com uma possível ida da senadora, atrair novos quadros.

 

À líderes da cúpula da legenda de Halum, tem dito que não se opõe à filiação da senadora e que não teria problemas em conviver com ela.

 

Como se vê, é um cenário de muitas possibilidades.

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