Onde está o dinheiro do PreviPalmas? Os gatos comeram...

E não foram só R$ 30 milhões. Tem mais R$ 20 milhões em investimento de altíssimo risco liberado na gestão de Carlos Amastha (PSB)

Fábio Martins e Max Fleury
Descrição: Fábio Martins e Max Fleury Crédito: Da Redação

O saldo que a Reag Investimentos, empresa que assumiu a gestão do Fundo Cais Mauá entre o final de 2017 e início de 2018, naquela operação escabrosa na qual se arriscaram os gestores do PreviPalmas, é uma coisa assombrosa.

Segundo João Carlos Mansur, ex-diretor da empresa que depôs aos vereadores de Palmas, em sessão da CPI do PreviPalmas esta semana, são meros R$ 4 milhões de reais, dos quais R$ 2 milhões estão bloqueados a pedido do próprio PreviPalmas.

 

Durma-se com um barulho desses: 26 milhões que “desapareceram” num ralo obscuro que inclui consultoria, auditoria e seja mais o que for.

 

Caberia à CPI requisitar um extrato dessas transações desde que o PreviPalmas aportou lá no fundo podre os R$ 30 milhões do suado dinheirinho do servidor do município de Palmas que quer se aposentar.

 

E não foram só R$ 30 milhões. Tem mais R$ 20 milhões em investimento de altíssimo risco liberado na gestão de Carlos Amastha (PSB), pelos responsáveis diretos por tudo isso aí: o presidente, à época, do PreviPalmas- que em entrevista gravada ao T1 Notícias na época que abordamos este escândalo aí com exclusividade, alertando para o absurdo, justificou o mal investimento – aponta que não fazia nada sem conhecimento e anuência do então Secretário de Finanças do Município, Christian Zini.

 

As responsabilidades de cada um serão devidamente apuradas em inquérito que segue para os finalmentes, conforme informou ao T1 Notícias esta semana o vereador Lúcio Campelo (PR), autor da denúncia à época a Polícia Federal, que por questões de competência, declinou e enviou as informações ao Ministério Público Estadual. Onde estão sob os cuidados desde então do promotor Adriano das Neves.

 

É criminoso e de uma má fé incrível o que foi feito com o dinheiro do PreviPalmas. Quando ouvi o então presidente, Max Fleury, e o diretor de investimentos Fábio Martins, terminei a conversa desligando o gravador e fazendo a seguinte afirmação em seguida da pergunta:

 

 - Bem, vocês sabem que “ferraram” com o prefeito, não é? Minha pergunta é: quem ganhou essa comissão?

 

Por que uma coisa é inimaginável: alguém mergulhar R$ 30 milhões num fundo podre, onde há pelo menos seis anos ninguém investia nem um real sequer, para não ganhar nada.

 

Parece - veja bem, parece - que apenas numa consultoria enfiaram algo entre R$ 5 e R$ 6 milhões.

 

À boca pequena, confidencia o vereador, recebeu a Câmara a denúncia de que a comissão no valor de R$ 7 milhões teria sido paga no escritório da Icla Trust no Rio de Janeiro.

 

Espera-se que o inquérito responda às perguntas que o povo de Palmas quer saber: quem lucrou com este negócio escuso? Quem indenizará o servidor de Palmas pelo prejuízo.

 

São R$ 26 milhões desaparecidos no ralo da má gestão do dinheiro público. Não dá para deixar barato.

 

Seguimos aguardando, dos envolvidos, as devidas respostas.

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