Um escândalo internacional: as ilegalidades do juiz justiceiro Sérgio Moro

Comportamento persecutório do juiz, sua orientação ao Ministério Público, além da clara intenção de interferir no processo eleitoral do ano que passou, ficaram claros em conteúdo de conversas

A dupla questionada com os vazamentos
Descrição: A dupla questionada com os vazamentos Crédito: Da web

O vazamento de conversas do Telegram, mensagens trocadas entre procuradores, e especialmente as mensagens (final da página) entre o Ministro da Justiça Sérgio Moro - juiz de primeira instância que se tornou celebridade no comando da Operação Lavajato, e o procurador Daltan Dallagnol - animam a pauta jornalística e as redes sociais desde ontem, domingo, 9.

 

Não é nada que já não se soubesse. Moro agiu para perseguir o ex-presidente Lula. Um  juiz justiceiro a serviço da derrocada do PT pela via judicial, vez que na eleitoral estava difícil. Forças da elite brasileira inconformada com a derrota de Aécio Neves, num cenário de Brasil dividido quase que meio a meio naquela eleição.

 

A derrubada de Dilma Roussef pelo Congresso Nacional, naquele processo de impeachment cercado por interesses paroquiais, jamais teria ocorrido sem o vazamento que Sérgio Moro fez à Globo de áudios de conversas pessoais entre Dilma e o ex-presidente Lula.

 

Moro, está claro agora, extrapolou os limites da ética e até da legalidade quando fez da sua cruzada anti-corrupção, uma cruzada anti-PT, e Anti-Lula em favor de um projeto de retomada do poder pela extrema direita brasileira, materializada na eleição de Jair Bolsonaro.

Combinar ações, orientar o Ministério Público, antecipar decisão judicial. Coisas das quais já desconfiávamos, mas que expostas nas primeiras publicações do Intercept Brasil, atestam de forma irreversível a parcialidade do juiz, sua motivação ideológica e a força empregada com muita articulação para prender Lula, mantê-lo preso e impedir que falasse.

 

Um esforço escancarado e bem sucedido de interferir no resultado das eleições. Se Lula falasse, em entrevista, duas semanas antes das eleições poderia influenciar o resultado das urnas em favor do professor Fernando Haddad. É o que se lê claramente nos diálogos.

 

O resultado é a que a imagem de super herói de Sérgio Moro está se dissolvendo nas chamas das manchetes nacionais e internacionais. E de onde veio esta informação, vieram também outras.

 

Ouvindo uma fonte importante em Brasília, fico sabendo que outros conteúdos explosivos são aguardados nas próximas horas demonstrando as ilegalidades cometidas por membros do poder judiciário no deflagrar de operações coordenadas. As famosas caças às bruxas televisionadas. Que destroem reputações e que têm resultados imprevisíveis.

 

Os guardiões da lei, espera-se, não podem descumpri-la.

 

Se saem do que preconiza a lei no limite de suas atribuições, se tornam juízes justiceiros, agindo dentro dos seus próprios critérios e punindo como querem seus desafetos ou adversários.

 

Moro tratou Lula como adversário. Não haviam provas para sua condenação no caso do Triplex. Há um conluio de autoridades do judiciário atuando para sobrecarregar o ex-presidente com sucessivos processos e condenações. Uma orquestra.

 

Ao escancarar tudo isto o Intercept mostra como manipularam o eleitorado brasileiro para escrever outra história no Brasil.

 

Só o que se ouve em Brasília hoje é que Sérgio Moro pode buscar outro caminho na vida. Jamais ascenderá ao STF depois desta. Suas decisões, contaminadas, claramente no conteúdo dos áudios vazados, devem ser anuladas.

 

Mais que isso, todo este escândalo só reforça a necessidade de que Lula seja solto. A pressão nacional e internacional para tanto vai se tornar insustentável nos próximos dias.

 

A Sérgio Moro restará brevemente ir buscar outro caminho. Seja na política, atrás de um mandato, seja como escritor ou palestrante. A carreira jurídica, certamente resta sepultada.

 

Afinal, depois dessa, e fora dos delírios bolsominions, quem é que ainda acredita em Sérgio Moro?

 

 

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